Inflação dos preços ‘na porta de fábrica’ sobe 1,83% em maio

A inflação da indústria variou 1,83% em maio, resultado levemente inferior ao registrado em abril (2,08%). Embora a taxa tenha registrado decréscimo, a variação continuou muito expressiva no país. E o resultado desses número pressiona ainda mais os preços ao consumidor final.

Na verdade, esses dados se referem ao Índice de Preços ao Produtor (IPP), pesquisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o acréscimo desse resultado, a inflação da indústria brasileira acumulada em 2022 chegou a 9,06%. Já em 12 meses, a taxa alcançou uma variação de 19,15%.

De acordo com o IBGE, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. Em resumo, essa inflação ao produtor acaba refletindo nos preços disponibilizados ao consumidor final.

Aliás, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita que os preços no varejo deverão cair devido à desaceleração dos preços no atacado.

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Desvalorização do real impulsiona preços

O levantamento do IBGE revelou que os preços das indústrias extrativas saltaram de -11,54% em abril para 12,50% em maio. Por outro lado, a variação das indústrias de transformação desacelerou de 2,96% para 1,24% no período.

Segundo o analista da pesquisa, Felipe Câmara, a disparada dos preços das indústrias extrativas ocorreu devido a dois fatores. O primeiro deles se refere à desvalorização do real ante o dólar. Já o segundo vem do exterior e corresponde ao aumento dos preços de insumos no mercado internacional.

“Essa combinação de depreciação cambial com recuperação dos preços internacionais é importante para explicar o aumento de preços das indústrias extrativas, a principal responsável pelo resultado geral no mês”, disse Câmara.

“Sob um olhar do quadro geral a combinação de câmbio e preços internacionais foi importante na determinação da inflação industrial de maio. E, para além disso, a indústria ainda convive com constrangimentos de oferta e suprimento, com pressões de custo na aquisição de matérias-primas, combustíveis e energia em geral”, acrescentou o pesquisador.

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