IBC-Br sobe 0,69% depois de 4 meses de queda

O IBC-Br, a prévia do PIB do Brasil, subiu 0,69% no mês de dezembro, após 4 meses consecutivos de queda. O resultado ficou levemente acima das expectativas do mercado. Segundo a consultoria Refinitiv, o mercado esperava uma alta de 0,65%. Para economistas, o resultado agrada, mas não anima para o futuro. Além disso, o Boletim Focus veio sem muita alteração. Agora, a expectativa de crescimento é de 0,29%, ante 0,29% da semana passada.

Com isso, o Brasil, até agora, tem a expectativa de um ano de estabilidade na economia, apesar de as previsões de inflação começarem a apresentar alta. Com isso, ainda existe certo risco de estagflação, mas economistas alegam que ainda é cedo para tal diagnóstico. Apesar disso,  IPCA esperado ainda fica levemente acima do teto da meta, o que acende um alerta para economistas e especialistas.

Subiu serviços e o varejo

Segundo o banco Modalmais, a alta do IBC-Br vem em consonância com a alta dos setores de serviços e varejo. Em dezembro, os serviços subiram 2,4%, enquanto o varejo teve aumento de 3% nas vendas em dezembro. Com isso, a economia conseguiu se recuperar levemente, mesmo com a queda no setor de indústrias.

Apesar dos 0,69% positivos, o economista Felipe Sichel afirma que o futuro continua preocupante para a economia brasileira. Ao Infomoney, ele disse que “o aperto das condições monetárias junta-se ao avanço da variante ômicron e deve impactar negativamente tanto a indústria quanto os serviços”. Ele se refere à alta de casos de covid no mundo todo, que deve chegar ao Brasil, com mais força, nas próximas semanas. Por outro lado, economistas do Goldmann Sachs afirmam que os ruídos de curto prazo com a instabilidade política do país não devem favorecer a atividade econômica por aqui.

Além disso, a alta do IBC-Br deve cessar as quedas nas expectativas de crescimento para o país em 2021. Segundo o mercado, o Brasil deve crescer pouco mais de 4%, o que representaria apenas uma recuperação dos níveis pré-pandemia. Apesar disso, Paulo Guedes, ministro da Economia, já informou que discorda do mercado, e afirma que o Brasil deve crescer.

IBC-Br
Foto: Unsplash

A importância do IBC-Br e do PIB

A medição do IBC-Br e do PIB permite que os economistas façam previsões para o futuro próximo do país. Além disso, os dados mexem diretamente na vida das pessoas. Isso porque com um PIB crescente, há a expectativa de menores desempregos, o que também aumenta a renda das famílias e a qualidade de vida em geral.

Por isso, com um cenário de crescimento de 0,29%, como estima o Boletim Focus, há a sinalização de que nada mudaria, radicalmente, para a grande maioria das famílias no país. Com um crescimento de quase zero, isso significa que o desemprego deve se manter, até que indicadores, como a inflação, sejam devidamente controlados pelas políticas monetárias.

Além disso, com um país em maior crescimento, o PIB alto sinalizaria uma economia mais dinâmica. Isso, por sua vez, atrai capital e empresas estrangeiras, que também passam a aumentar os níveis de emprego no país. Caso investidores vejam que o país tem dificuldades para se manter, eles ficam afastados daqui, dado que o Brasil é um mercado emergente e tem maior risco.

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