PIB da China cresce 8,1%, mas desacelera no fim do ano

Uma das principais economias do mundo, a China, viu seu PIB crescer 8,1% no ano de 2021. O resultado é o maior crescimento em dez anos. Apesar disso, o resultado do quarto trimestre do ano levantou um alerta, dado que houve uma desaceleração do crescimento da economia. Vale lembrar que o mercado imobiliário chinês, maior motor de crescimento do país, está diante de uma crise de pagamentos, encabeçada pelo caso da Evergrande.

Depois de subir 4,9% no terceiro semestre, a economia chinesa subiu 4% no último trimestre do ano, de acordo com a Agência Nacional de Estatísticas nessa segunda-feira, 17. Além disso, o resultado foi acima das expectativas do mercado, que ficavam na casa dos 6%.

Se recuperou e cresceu

A economia chinesa se recuperou da queda durante a pandemia. Com o crescimento de 8,1% no ano de 2021, a China teve a maior alta na década. Essa é a maior expansão desde 2011 e o resultado animou o mercado, dado que se a China cresce, leva com ela o mundo todo. Além disso, a notícia esfria os temores de uma crise mundial liderada pela Evergrande.

Isso porque a maior incorporadora da China atingiu o estágio de default, que é quando deixa de pagar as suas dívidas. Contudo, esses débitos somam US$300 bilhões, o que pode derrubar a atividade econômica no mundo todo. Além disso, outras empresas de empreendimentos apontam dificuldades em manter seus caixas no verde. Vale lembrar que o setor imobiliário é um dos motores de crescimento da China, além de demandar a maior parte do minério de ferro do mundo, o que afeta economias exportadoras, como a do Brasil.

Juntamente com a notícia do PIB da China em 2021, a agência corrigiu o crescimento de 2022 para 2,2%, a menor taxa de crescimento em 44 anos. O resultado do ano decorre da pandemia, que fechou atividades de produção e afetou a cadeia de distribuição no mundo todo.

China
Foto: Reuters

O crescimento da China em 2021

O crescimento da China no ano passado foi alavancado pela alta das exportações. O país é o maior parceiro comercial do Brasil e, no ano passado, teve superávit recorde na sua balança comercial. Apesar disso, a maior parte do crescimento ficou no primeiro trimestre, desacelerando gradativamente durante o ano.

No primeiro trimestre, a China cresceu 18,3%, enquanto no segundo a alta foi de 7,9%. Posteriormente, cresceu 4,9% e 4% nos dois últimos trimestres do ano. Por isso, economistas acreditam que a baixa do ritmo de crescimento veio impulsionado pela diminuição do consumo, além da baixa atividade do setor imobiliário.

Para isso, o banco central chinês diminuiu a taxa de empréstimo, de modo a tentar aquecer a economia para driblar a crise da Evergrande. Apesar disso, economistas acreditam que as taxas de crescimento devem começar a cair nos próximos meses, até que o governo chinês adote medidas para resolver a crise imobiliária. Apesar disso, o presidente da China, Xi-Jinping, afirmou que o país está confiante em relação ao desempenho do país. Além disso, ele afirmou que a China continuará com reformas e com a abertura econômica para o mundo.

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