Dólar volta a subir e passa dos R$ 5,16 após queda nas últimas semanas

O dólar fechou em alta na segunda-feira (5), em dia de mercados fechados nos Estados Unidos, enquanto os temores sobre a disseminação global da variante Delta da Covid-19 e os ruídos políticos domésticos dominavam o radar dos investidores.

A moeda norte-americana subiu 0,65%, cotada a R$ 5,0866. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,0927. Nesta terça-feira (6), ela está sendo negociada a R$ 5,16 e as casas de cambio já começaram a refletir, com vendas acima de R$ 5,37 no dólar turismo.

Deste sexta-feira, o dólar vinha em alta, fechando em alta de 0,18%, a R$ 5,0537, acumulando alta de 2,35% na semana. No mês, tem alta de 2,29%. No ano, a queda ainda é de 1,94% frente ao real.

Porque o dólar voltou a subir?

Na segunda, os mercados permaneceram fechados nos EUA por conta do feriado de 4 de julho no domingo, dia da independência do país.

Na China, o crescimento do setor de serviços da China desacelerou com força em junho, para uma mínima de 14 meses em junho após o ressurgimento da Covid-19 no sul do país, segundo o índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Caixin/Markit.

Por aqui, o mercado financeiro elevou as projeções para o IPCA e PIB de 2021 e diminuiu a estimativa da taxa de câmbio para o final do ano, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Os analistas elevaram para 6,07% a estimativa média de inflação em 2021, ao mesmo tempo em que passaram a ver um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,18% neste ano. Para a Selic, a taxa básica de juros da economia, a previsão se manteve em 6,50% ao ano, enquanto que para o final de 2022 subiu para 6,75% ao ano.

Já para o dólar, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 recuou de R$ 5,10 para R$ 5,04.

Na agenda da semana, estarão os dados de vendas no varejo de maio e inflação do IPCA de junho. Além disso, a semana inclui a divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA).

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