Crescimento econômico está em risco para o ano que vem
Com o desenrolar da economia, analistas acreditam que o crescimento econômico para 2022 está comprometido. O pensamento, que vem em linha com os relatórios de grandes bancos, ganha cada vez mais força, à medida que as políticas fiscais atrapalham a retomada do país.
Dessa forma, analistas dão suas opiniões sobre o que a economia precisa para retomar uma trajetória de crescimento.
O que aconteceu esse ano?
O Brasil passa por uma recuperação econômica muito forte. Apesar disso, essa recuperação não representa um crescimento econômico. E alguns fatores atrapalharam o mundo todo, mas o Brasil sente mais por ser uma economia emergente.
Com isso, a retomada da economia foi o crescimento, mesmo que abaixo das expectativas, representa a retomada gradual dos empregos. Com esse aumento do consumo, os preços também começam a subir. Porém, o que acontece é que o preço está aumentando pelo lado da demanda, mas também pelo lado da oferta, pois os preços dos insumos estão subindo. Assim, quem produz está pagando mais caro e muitas vezes não consegue produzir o necessário para atender toda a demanda. No atual cenário, o preço dos custos é bem mais relevante que a demanda.
O resultado disso é que a inflação bateu mais de 10% no anualizado, e alcançando os 9% apenas em 2021. Dessa forma, o consumidor passa a comprar menos, a empresa produz menos e as pessoas terão menos empregos. Com isso, o crescimento econômico fica comprometido.
Contudo, o Brasil não está dando os acenos necessários para o mundo sobre a economia. E, por mais que o presidente afirme que a economia anda bem, o mercado financeiro não vê da mesma forma. E isso é grave.
O que o Brasil precisa mostrar para o crescimento econômico?
Por isso, algumas sinalizações do Brasil para o mercado precisam chegar da forma certa. Primeiro, é necessário que as reformas passem no Legislativo, como a reforma tributária e a administrativa. Além disso, o recente furo do teto de gastos colocou mais um ingrediente de desconfiança no país.
Exatamente por isso, o presidente Jair Bolsonaro foi para os Emirados Árabes e região para buscar investidores. Por lá, ele buscará discursos pró-Brasil, de forma a atrair empresas e dinheiro para a economia nacional. Isso deve favorecer o Brasil, caso dê certo.
Por outro lado, o desmatamento continua afastando os investidores, que veem no Brasil uma economia do futuro, principalmente pela pauta verde. Com o mundo todo querendo medidas ESG, o Brasil ir contra essa tendência preocupa. Por isso, um exemplo de afastamento de investidores, é a atual declaração de Bolsonaro, em Dubai, ao afirmar que “Nossa Amazônia, por ser uma floresta úmida, não pega fogo”. O desmatamento bateu recordes anuais nos anos de governo da atual gestão.
Dessa forma, o governo precisa tomar medidas favoráveis ao mercado para tentar recuperar parte do atual prejuízo. Isso porque as expectativas de crescimento beiram o 0%. Alguns bancos colocam recessão no país. Por isso, a pressão para as medidas fiscais do Governo Federal ficarão cada vez maiores, principalmente com sinalizações dos discursos eleitorais que devem tomar conta do cenário ano que vem.