Bolsonaro discursa na cúpula do G20

Em reunião na Itália antes da COP26, os líderes das 20 maiores economias do mundo (G20) se reuniram para falar sobre o andamento do mundo em sua retomada pós-pandemia.

Em seu discurso na cúpula, o presidente do Brasil voltou a falar inverdades sobre a economia e se defendeu dos argumentos da mídia brasileira sobre o teto de gastos.

O discurso na cúpula do G20

Bolsonaro começou o discurso no G20 alertando os presentes de que o planeta precisa mudar o jeito de fazer negócios bilaterais. Isso porque o planeta começa a ver as políticas dos governos como preliminares para fazer negócios.

Dessa forma, governos impopulares no mundo tendem a ficar sem comércio internacional, o que é prejudicial ao país. Por isso, Bolsonaro afirmou que o mundo precisa almejar um “crescimento econômico mais estável e equitativo”, e que o comércio precisa ser feito “livre de medidas distorcidas e discriminatórias”.

Além disso, o presidente do Brasil destacou a vacinação avançada que o país apresenta. Segundo ele, a “vacinação voluntária” é um dos maiores feitos de suas políticas sociais desde o início da pandemia. O Brasil tem mais de 90% da população adulta com pelo menos uma dose da vacina e tem metade de sua população totalmente imunizada.

Do lado da economia, o presidente ressaltou que o governo segue buscando as reformas prometidas e destacou os investimentos internacionais no Brasil desde o início de seu governo. “Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022”, ele disse.

G20 Bolsonaro
Presidente da Argentina, Alberto Fernández, ao lado de Jair Bolsonaro. Foto: Alex Santos/PR

Fora da reunião

Do lado de fora da reunião do G20, o presidente Bolsonaro voltou a falar sobre o teto de gastos e sobre como vê o furo da medida. Segundo ele, não houve furo do teto de gastos. Apesar disso, Paulo Guedes disse, explicitamente, que foi isso que o governo fez.

Ainda sobre o Auxílio Brasil, Bolsonaro disse que tem um “paraquedas reserva” caso a PEC dos Precatórios não passe na Câmara. Caso isso aconteça, significaria uma medida péssima para o governo atual. “Eu sou paraquedista, tá? Sempre tem um paraquedas reserva comigo, mas sempre com muita responsabilidade”, afirmou o presidente. Além disso, ele falou que o Auxílio Brasil busca atender pessoas carentes e criticou recentes imagens que apareceram na mídia.

Isso porque as televisões mostram pessoas catando restos de carnes e ossos nos caminhões para ter o que comer. Bolsonaro afirmou que é criticado quando isso acontece, mas que as críticas também ocorrem quando ele tenta ajudar a população com o benefício social. “Há pouco, a grande mídia publica um caminhão de ossos e o povo pegando lá restos de comida. A gente lamenta. Agora, ao dobrar o valor do tíquete médio do Bolsa Família, ao passar de R$ 198 para R$ 400, a mesma mídia me critica de querer furar o teto”, ele disse.

Além disso, em reunião com o presidente da Turquia, Bolsonaro voltou a falar, de forma errônea, que a economia do Brasil “está indo muito bem”. Segundo analistas, isso é uma forma de o presidente tentar acalmar o mercado internacional. Contudo, nessa semana, a bolsa de valores operou em forte queda, a prévia da inflação atingiu níveis recordes e o dólar operou em alta.

Todos os trechos de falas do presidente foram retirados do portal R7.

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