B3 anuncia novo índice ESG
Na levada dos investimentos do futuro, a bolsa brasileira, a B3, anunciou um novo índice de ESG. E para provar que isso não tem a ver apenas com o meio ambiente, o índice GPTW B3 não contará, necessariamente, com empresas sustentáveis.
Isso porque as empresas consideradas excelentes locais de trabalho comporão o índice. Inclusive, o GPTW é uma sigla para “Great Place to Work” (ótimo lugar para trabalhar, em inglês), nome de uma empresa de consultoria global.
ESG não é meio ambiente?
Não apenas. ESG envolve tudo que diz respeito à sustentabilidade, mas também a praticas sociais mais inclusivas e governança corporativa responsável. E é nessa última área que o índice vai atuar.
Isso porque, através de entrevista a funcionários de empresas listadas, o GPTW terá as empresas listadas em um ranking anual divulgado pela Great Place to Work. Segundo o diretor executivo de Produtos e Dados da B3, Luis Kondic, das 2.000 empresas certificadas pela consultoria, 50 estão na bolsa de valores brasileira. Contudo, isso não quer dizer que todas participarão.
Apesar disso, esse novo índice também abre portas para que novas empresas busquem a certificação, o que aumenta a confiabilidade do mercado nas companhias, além de modificar práticas prejudiciais dentro das empresas.
Quando a B3 lançará o novo índice?
O índice entrará em vigor apenas em 2022, mesma data que será divulgada a lista de empresas do índice. Porém, as empresas devem ser escolhidas de acordo com alguns critérios já estipulados pela bolsa de valores brasileira (B3).
Isso porque as empresas devem ter participado de, pelo menos, 95% dos pregões até hoje. Além disso, o valor da ação das empresas não pode ser menor que R$1,00, o que o mercado chama de “penny stock”. Por último, a ação deve estar entre as 99% primeiras do índice de negociabilidade. Passando nesses quesitos, a empresa entra em mais uma concorrência.
Isso porque o índice será composto por 33 empresas, sendo 22 certificadas pela Great Place to Work, e 11 que se destacam nos quesitos eliminatórios. Apesar disso, o índice dividirá o peso igualmente entre os dois setores. Dessa forma, metade do peso fica nas certificadas, enquanto a outra metade fica nas empresas com boas classificações nos pré-requisitos.
A GPTW considera que a medida é inovadora e que vai impulsionar o mercado de bem-estar dos funcionários das empresas que estão na bolsa. Além disso, a consultoria espera causar impacto positivo nas empresas que desejam fazer o IPO na bolsa.
O GPTW se junta ao Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e ao Índice Carbono Eficiente (ICO2), que já são realidade na B3. Com isso, a bolsa ainda se mostra aberta aos investimentos do futuro, se aliando com práticas governamentais nacionais e internacionais.