A movimentada semana do mercado financeiro

O mercado financeiro pode movimentar bastante nessa semana, a depender de três fatores principais.

Com a Assembleia Geral da ONU, reuniões do FED e do COPOM, os índices ficarão de olho nas políticas internacionais.

Reunião do COPOM

O mercado financeiro já tem suas expectativas, mas sempre fica de olho no que pode ocorrer durante as reuniões do COPOM.

Anteriormente à reunião, embates entre o presidente do Banco Central e o presidente da Petrobrás acenderam um alerta para os economistas.

Isso porque um desentendimento foi visto em relação ao repasse de preços na gasolina que, segundo Roberto Campos Neto, ocorre de forma mais rápida no Brasil, quando comparado com outros países. Luna e Silva nega.

Além disso, o presidente do Banco Central deu brechas para interpretações em uma de suas falas, quando disse que a entidade não mediria esforços para conter a inflação e que esticaria a Selic ao máximo, se fosse preciso.

Por isso, o mercado espera um aumento de 1 ponto percentual nas reuniões de terça e quarta-feira. Apesar disso, há o temor de o aumento ser maior.

mercado financeiro
[Imagem: Andrew Harrer/Bloomberg]

Nos EUA, o FED

O FED, uma espécie de Banco Central americano, também terá os olhares do mercado financeiro.

Por lá, a questão da retirada dos estímulos é a grande variável questionada pelos economistas. Isso porque Jerome Powell, presidente do FED, disse que a retirada de estímulos se daria nesses meses.

Porém, uma inflação abaixo do esperado pelo mercado preocupou o governo, se pode estar com uma economia em crescimento, mas abaixo do desejado.

Por isso, uma retirada de estímulos fica prejudicada, gerando mais intervenção do governo na economia.

Assembleia Geral da ONU

Já em Nova York, o mercado financeiro fica de olho nas questões ligadas à pandemia e ao meio ambiente.

Por lá, a Assembleia Geral da ONU, que reúne os líderes do mundo, começa na terça-feira, às 9h, com o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, discursando na abertura, conforme a tradição.

A pauta definida pela ONU foi “Construindo resiliência por meio da esperança – para se recuperar de Covid-19, reconstruir a sustentabilidade, responder às necessidades do planeta, respeitar os direitos das pessoas e revitalizar as Nações Unidas”.

O discurso do presidente deve ser baseado na pandemia e no meio ambiente. Analistas esperam um discurso forte, principalmente após as falas de que “lá teremos verdades” vindas do presidente nas suas lives de quinta-feira.

Vale lembrar que o tema da sustentabilidade já deu o que falar nas Assembleias da ONU. Isso porque em 2019, Bolsonaro alegou que o Brasil deixa a Amazônia “praticamente intocada”, enquanto que em 2020 acusou outros países de pregarem a desinformação sobre a floresta.

Por último, um assunto que deve gerar repercussão por lá é a tese de “marco temporal” de demarcação das terras indígenas. Bolsonaro é contra, pois alega que um território maior aos indígenas diminuiria a produtividade do campo, gerando aumento de preços.

Por último, a queda do minério de ferro continua, principalmente após o risco de calote da maior incorporadora da China, a EvergrandeCom isso, a comoditty já é cotada, pela primeira vez, abaixo dos US$100,00.

 

Bons investimentos!

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