PIX é segunda referência de pagamento instantâneo à nível global com 29,2 bilhões de transações
O Pix teve 29,2 bilhões transações dos 195 bilhões de pagamentos realizados em tempo real efetuadas à nível global em 2022. O Brasil foi detentor de 15% dessas operações ficando atrás apenas da Índia, com 46%, sendo 89,5 bilhões de transações.
Esse resultado posicionou o país em segundo lugar no ranking mundial conforme o mais recente relatório “Prime Time for Real-Time”, desenvolvido em conjunto pela ACI Worldwide e a GlobalData.
De acordo com a pesquisa, a lista dos maiores mercados globais em quantidade de transações é completada por:
- China, com 17,6 bilhões de transações (aumento de 0,9%);
- Tailândia, com 16,5 bilhões de transações (crescimento de 63,4%);
- Coreia do Sul, com 8 bilhões de transações (aumento de 9,6%).
Estimativa futura
A pesquisa também trouxe projeções para o sistema de pagamentos instantâneos nos próximos quatro anos.
De acordo com o estudo, o volume de transações eletrônicas instantâneas globalmente passará de 195 bilhões em 2022 para 511,7 bilhões em 2027.
Conforme as estimativas, em quatro anos, os sistemas instantâneos representarão 27,8% de todos os meios de pagamentos eletrônicos no mundo.
Dados do Pix em 2023
Números divulgados pelo Banco Central na quarta-feira, 19 de abril, mostraram que o Pix, sistema de pagamento instantâneo, atingiu um recorde em março de 2023 com 3.003.362 operações, ultrapassando pela primeira vez a marca de 3 milhões de transações mensais.
O montante das transferências realizadas também bateu recorde, movimentando R$ 1,28 trilhão.
Esse aumento nas transações aconteceu após dois meses consecutivos de queda no uso do Pix.
Em janeiro e fevereiro deste ano, o número de transferências ficou por volta de 2,5 milhões, abaixo da média do final de 2022.
O recorde anterior ocorreu em dezembro do ano passado, com 2,873 milhões de operações.
Popularização do Pix
Desde o seu lançamento em novembro de 2020, o Pix se consolidou como o método de pagamento favorito dos brasileiros, graças à inovação tecnológica que possibilita a execução de pagamentos instantâneos.
Esses resultados atestam a crescente popularidade do Pix, que desde março de 2021 se tornou o principal meio de pagamento entre os brasileiros.
A popularização do sistema tem sido impulsionada pela praticidade e agilidade nas transações financeiras.
O Pix possibilita a realização de transferências bancárias em tempo real, 24 horas por dia, 7 dias por semana, mesmo em feriados e finais de semana.
Ademais, a modalidade é gratuita para pessoas físicas, o que a torna bastante atrativa para os consumidores.
A pandemia da Covid-19 também desempenhou um papel importante na adesão ao Pix.
Devido às medidas de isolamento social e à restrição de circulação de dinheiro em espécie, as transações digitais se tornaram mais comuns e seguras.
O êxito do Pix tem motivado o Banco Central a introduzir novas funcionalidades para a modalidade, como a opção de efetuar saques em lojas e estabelecimentos comerciais, bem como a integração do sistema com as principais plataformas de comércio eletrônico do país.
Com isso, a expectativa é que o número de transações siga crescendo nos próximos meses, consolidando o Pix como um dos principais meios de pagamento no Brasil.
Brasil se consolida como referência em aplicação e aderência de consumidores com Pix
Devido a esse aspecto e ao volume transacional alcançado em 2022, diversas nações da América Latina começaram a demonstrar interesse em desenvolver sistemas similares.
De acordo com especialistas, o Brasil inova com o Pix, podendo ser um exemplo para a América Latina. A C&M Software, empresa que participou da implementação do sistema de pagamento na sociedade brasileira e de um sistema similar nos Estados Unidos junto ao Federal Reserve, chamado Fednow, tem iniciado o projeto de levar um sistema semelhante à América Latina.
Regulamentada pelo BC para realizar transações com o Pix no país, a C&M Software pode contribuir para a expansão dessa inovação na região latino-americana.