A produção industrial do país caiu 0,4% em junho. A saber, o recuo foi provocado pela queda registrada em 10 dos 15 locais pesquisados no mês. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quarta-feira (10).
Em resumo, os recuos mais expressivos vieram de Mato Grosso (-2,8%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,3%). No entanto, ao considerar o impacto que cada uma dessas quedas provocou no país, o Rio de Janeiro teve a maior influência.
“O comportamento no Rio de Janeiro reflete o baixo desempenho do setor de derivados do petróleo, muito atuante na indústria fluminense, e, também, da indústria farmacêutica. Em ambos os setores, consiste uma estratégia de produção e equalização de oferta e demanda”, disse Bernardo Almeida, analista da pesquisa.
Os seguintes locais também tiveram quedas mais fortes que a média nacional: Amazonas (-1,6%), Ceará (-1,4%), Região Nordeste (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,5%). Os outros três recuos vieram de Goiás (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Minas Gerais (-0,1%).
Por outro lado, cinco locais registraram crescimento da produção industrial em junho: Pará (9,8%), Bahia (2,4%), Pernambuco (1,0%), São Paulo (0,8%) e Santa Catarina (0,2%). No caso do Pará, a forte alta eliminou parte do recuo de 13,3% verificado em maio.
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Indústria nacional acumula queda no ano
Além disso, o IBGE revelou que a produção industrial caiu 2,2% no acumulado de 2022. Nesse caso, oito dos 15 locais apresentaram taxas negativas, com destaque para Pará (-10,4%), Santa Catarina (-5,4%), Ceará (-5,1%) e Pernambuco (-4,3%).
Em contrapartida, os avanços mais expressivos vieram de Mato Grosso (22,6%) e Bahia (9,4%). Os outros avanços variaram entre 0,3%, na Região Nordeste, e 3,6%, no Rio de Janeiro.
Por fim, no acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial brasileira também acumulou queda, de 2,8%. A saber, 11 dos 15 locais pesquisados também tiveram queda no período, destacando-se Pará (-9,0%), Ceará (-8,2%), Região Nordeste (-6,5%) e Pernambuco (-6,2%).
Os únicos avanços vieram de Mato Grosso (13,0%), Rio de Janeiro (3,9%) e Paraná (0,6%). Já Minas Gerais teve uma taxa nula no período (0,0%).
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