Por que o bitcoin está caindo tanto? Entenda
Desde que atingiu a sua máxima, no dia 8 de novembro, o bitcoin já caiu mais de 35%. Isso anda assustando novos investidores e gerando perdas para as carteiras dos mais diversos fundos de investimentos. Contudo, analistas acreditam que a moeda digital sofre forte influência do banco central americano, o FED. Com a retirada de estímulos da economia e o aumento dos juros por lá, os investidores saem de ativos de maior risco, como é o caso da criptomoeda.
Apesar disso, para investidores de longo prazo, gestores afirmam que essa pode ser a oportunidade perfeita para ganhar com a possível retomada da moeda. Contudo, vale lembrar que as moedas digitais são os ativos de maior risco atualmente, o que demanda cautela na hora de aportar mais dinheiro nelas.
O que o FED está fazendo?
Para entender a queda do Bitcoin, é importante entender o que o FED, banco central americano, está fazendo na maior economia do mundo. Isso porque o investidor deve lembrar que a inflação é um fenômeno mundial, e os atuais patamares estão acima das médias dos anos anteriores. A principal causa disso é a quebra dos processos produtivos durante a pandemia, que ainda impactam na economia.
Com isso, os órgãos precisam segurar a alta dos preços, no intuito de manter o poder de compra da população. Para conter a inflação, os bancos centrais, no mundo todo, optam por aumentar suas taxas de juros, movimento chamado de hawkish. Dessa forma, os juros americanos devem aumentar quatro vezes em 2022, segundo um relatório do Goldmann Sachs. Com os títulos americanos (os mais seguros do mundo) rendendo mais, não vale a pena que grandes investidores entrem em ativos de maior risco. Por isso, a cotação da criptomoeda cai.
Contudo, esse fenômeno de uma grande queda não é novidade. Isso porque é comum que o bitcoin corrija 30 a 40% para baixo depois de atingir máximas históricas. Vale lembrar, ainda, que a volatilidade do mercado das criptomoedas é maior que o mercado de ações, o que também gera percentuais de variação maiores.
Comprar bitcoin ou ficar de fora?
Com a queda de mais de 35% desde a sua máxima, o bitcoin opera em níveis de setembro de 2021. Por isso, muitos investidores se questionam se é a hora de comprar ou, pelo contrário, se as máximas já foram atingidas e é melhor ficar de fora. Contudo, analistas divergem nessa hora, e é aí que você precisa tomar uma decisão autônoma.
Para os favoráveis ao bitcoin, a moeda é o futuro das transações. Por isso, ela deve voltar a subir, segundo esses analistas, o que faz o atual momento ser uma oportunidade. Ainda, vale lembrar que o bitcoin é escasso e sua mineração pode estar no fim, segundo alguns relatórios de especialistas. Dessa forma, apoiadores afirmam que o bitcoin será o novo ouro.
Por outro lado, há quem diga que existe espaço para uma queda maior, principalmente porque a economia mundial deve passar por um ano conturbado. Nos Estados Unidos e na Europa, o aumento dos juros deve começar nos próximos meses, pressionando mercados externos, como o Ibovespa e o bitcoin, que devem cair.