Paulo Guedes se mostra otimista com Auxílio Brasil
O ministro da economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que o Auxílio Brasil “está quase garantido”.
Para ele, o Senado deve aprovar a PEC dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda. A fala do presidente do Senado foi em outro tom.
A base das eleições
Como já falamos muito por aqui, o Auxílio Brasil é a principal propaganda eleitoral de Bolsonaro para o ano que vem.
Apesar disso, o ministro ainda não tem total certeza da existência desse programa no ano que vem. Isso porque o meio de financiamento para o benefício vem de uma lei ainda não aprovada. O Senado ainda precisa discutir e votar a pauta
Com a confiança do ministro em relação à aprovação das leis em tramitação, ele afirmou que o aumento seria de “mais de 60%” nesses auxílios. Ao falar isso, ele se refere dos R$190 do Bolsa Família para os R$300,00 do Auxílio Brasil. Ele acrescentou também que o reajuste é “bem mais do que subiu a comida, o combustível, tudo isso”.
Ele ainda colocou em xeque as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre os precatórios. Para Guedes, o Brasil precisa escolher entre pagar o que chamou de “superprecatórios” ou os mais pobres. ”Temos que escolher”, afirmou.
Por isso, o mais provável é que haja faixa de valores para pagamentos à vista e possíveis parcelamentos do Governo Federal para as dívidas maiores.
De fato, analistas acreditam que o Legislativo resolverá a reforma do Imposto de Renda e a questão dos precatórios sem maiores impasses. Porém, em entrevista ao programa Atualidades, da Rádio Gaúcha (RS), o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, usou outro tom para abordar o assunto.
Do outro lado
Nessa manhã, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, deu uma entrevista à Radio Gaúcha, onde os apresentadores levantaram o tema do Auxílio Brasil.
Para ele, a reforma do IR para financiar o Auxílio Brasil, como aprovado pela Câmara, é uma solução “temerária”. Ele alega que ainda é necessário discutir o projeto e debater a fundo as questões que serão alteradas.
Segundo as falas de Pacheco, ele estaria buscando outras soluções par financiar os programas de transferência de renda, pois ainda é incerteza a afirmação de que uma tributação dos dividendos daria conta de custear o programa.
Rodrigo Pacheco não garantiu que a reforma será aprovada da mesma forma que chegou ao Senado. De fato, o Senado aprova muitas medidas com modificações importantes, resultado de discussões entre as casas e estudos técnicos.
A pauta deve ir para votação no mês de outubro, mas o prazo é apertado e, por isso, uma possível aprovação pode ficar para novembro, apenas. Contudo, o Executivo pressiona, pois a medida deve começar a valer em 2022, para que Bolsonaro tenha discursos positivos para si.
O mercado financeiro ainda permanece de olho na questão, pois um furo do teto de gastos pode abalar a responsabilidade fiscal requerida por Guedes e pelos economistas em geral.