O impacto do aumento da taxa de juros no mercado

Como se sabe, a cada 45 dias, O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central, se reúne para definir a taxa de juros (Selic Meta), que atualmente se encontra em 13,25% ao ano. 

Nesse sentido, estamos em um momento de ciclo de alta nas taxas de juros. Assim, os últimos aumentos já eram previstos pelo mercado, dado que a autoridade monetária realiza esses aumentos na tentativa de colocar a inflação dentro da meta. 

Dessa forma, vamos discutir as implicações desse ciclo de alta na taxa básica de juros em todo mercado, além do impacto que isso causa nos investimentos em geral, inclusive na caderneta de poupança que passa a remunerar conforme a antiga regra dos 0,5% ao mês. 

Inflação mais alta impulsiona alta na taxa de juros

A inflação acumulada para os últimos 12 meses se encontra em 11,89% segundo dados divulgados pelo IBGE, bem acima da meta de inflação fixada pelo conselho monetário nacional de 3,5% que admite uma variação para cima ou para baixo de 1,5%. 

Com isso, essa escala de preços, provocada principalmente por aumentos nos setores de alimentos e energia elétrica, estão pesando no bolso do brasileiro. Como consequência, a entidade responsável por colocar a inflação dentro da meta (Banco Central), vem seguidamente aumentando a taxa de juros. 

Além disso, os preços altos de commodities também vem influenciando o aumento da inflação no mundo todo, junto à guerra na Ucrânia que ocasionou em um problema relacionado a exportação de grãos. 

Impacto desse aumento para os investidores

Esse impacto é bastante perceptível e já vem sendo sentido pelo mercado. À medida que a taxa de juros vem aumentando, os investimentos em renda variável se tornam menos interessantes, o que tem provocado uma migração de muitos investidores para renda fixa. 

Além disso, para aqueles que são empreendedores, o custo de capital vem se tornando mais alto, o que diminui o interesse de investidores na abertura de novas companhias ou mesmo alocação de capital. 

Contudo, investimentos conservadores atrelados ao CDI ganham notoriedade, dado que são títulos de risco baixíssimo que atualmente permitem a possibilidade de ganho real, dado que a taxa de juros básica está momentaneamente mais alta do que a inflação. 

Poupança passa a render a uma taxa de 0,5% ao mês

Sempre que a taxa de juros básica se encontra acima de 8,5% a poupança passa a pagar o teto de 0,5% ao mês ou 6,17% ao ano, somados a taxa TR que atualmente se encontra zerada. Nesse sentido, podemos dizer que o impacto é negativo para aqueles que possuem dinheiro na poupança, dado que o limite provoca ainda menos rentabilidade frente a outras aplicações de renda fixa. 

Assim, quando a mesma se encontra abaixo do teto, a regra que é aplicada é o rendimento de 70% em relação à taxa básica de juros (Selic), também somada à taxa referencial. Lembrando que a poupança, diferentemente de outras aplicações de renda fixa, não possui imposto de renda. 

Por fim, a única atenção quanto a esse tipo de aplicação é em relação à regra de aniversário, dado que a taxa de rendimento da poupança é mensal, logo, cada depósito necessita completar um mês para render. 

 

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