Metaverso: Boeing desenvolverá aviões para o novo mundo
O metaverso tem ganhado os olhares de grandes empresas do mundo de uma forma extremamente rápida. Após o Banco do Brasil anunciar que vai estar na realidade virtual, a Boeing informou que desenvolverá aviões para esse universo digital compartilhado. A notícia, que veio da Reuters, não surpreende diversos especialistas, que veem no metaverso o grande investimento de 2022.
A Boeing, ao lado da AirBus, são as duas maiores montadoras de aviões do mundo. Com o pioneirismo da Boeing, a empresa busca liderar o mercado dentro das diversas realidades virtuais possíveis.
Avião da Boeing no metaverso?
A proposta da Boeing é fazer as pessoas viajarem de um lado para o outro, dentro do metaverso, de avião, assim como fazem na vida real. A ideia dos criadores do metaverso é criar uma realidade paralela, da mesma forma como a vida física. Por isso, as viagens de avião conectariam pessoas distantes dentro de um mundo fictício.
A Reuters afirma que a empresa americana está investindo cerca de US$15 bilhões, cerca de R$85 bilhões, para desenvolver o projeto. A frota de aeronaves, em um primeiro momento, deve funcionar de forma autônoma, ou seja, a empresa não venderá seus aviões para empresas aéreas. Contudo, a entrada da Boeing nesse mundo permite que companhias aéreas entrem no metaverso, comprando aviões virtuais e fazendo viagens de acordo com a demanda da realidade virtual.
Além disso, a empresa não deve focar apenas em aviões. Isso porque a Reuters anunciou a intenção da Boeing de criar robôs que se comunicam entre si e também a criação de um modelo onde engenheiros possam acessar os aviões através de óculos de realidade aumentada criados pela Microsoft. Nessa parte do projeto, cada óculos custa cerca de US$3,5 mil.
Construindo uma frota
A ideia da Boeing é criar um padrão de frota e, através de meios de cópias digitais, aumentar a quantidade de aeronaves no metaverso. Essa ideia não é inovadora, dado que Ford e a Meta (antigo Facebook) já fizeram projetos com essa finalidade. Apesar disso, caso consiga realizar a façanha, a Boeing pode economizar muito no processo. Isso porque entrar no metaverso, devido ao pioneirismo, ainda é algo caro de se fazer.
“Você obterá velocidade, qualidade aprimorada, melhor comunicação e melhor capacidade de resposta quando ocorrerem problemas”, disse Greg Hyslop, engenheiro-chefe da Boeing. Ele ainda disse que muitos dos problemas atuais da aviação podem desaparecer no metaverso. Dentre os fatores, ele destacou os sucessivos processos de melhora de componentes das aeronaves, e também falou sobre os custos de fazer isso. “Quando a construção do avião é mais harmoniosa, quando você minimiza o retrabalho, o desempenho financeiro segue daí“, disse.
Vale lembrar que a Boeing enfrentou uma crise grave nesse ano, devido às quedas do novo avião 737MAX. Apesar de contornado, o problema com o modelo abalou a confiança dos investidores nela. Um dos resultados disso foi a desistência da fusão com a Embraer, uma das principais concorrentes do mercado.