Mercado pesa no final e Ibovespa fecha em queda

O Ibovespa fechou o dia (14) em queda de 0,15%, com peso concentrado no final do pregão. Reuniões do governo, commodities e bancos afetam o rendimento. Saiba mais!

O que aconteceu no dia

Esta terça-feira (14) marcou a audiência pública sobre o preço da gasolina, que contou com a presença do presidente da Petrobras (PETR3/PETR4), empresa que mais pesa no Ibovespa.

A audiência deu continuidade à troca de farpas entre Luna e Silva (Petrobrás) e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

Segundo o presidente do Banco Central, o repasse de preços para a gasolina, feito pela Petrobrás, está mais rápido que o praticado no mercado. Luna e Silva nega.

Você pode saber mais sobre isso aqui.

Além disso, o preço das ações da Vale (VALE4) operaram em baixa no dia, influenciado pela queda no preço do minério de ferro. A queda no preço reflete a quinta queda consecutiva da comodity, que já apresenta desvalorização de 20% nos primeiros 14 dias de setembro.

Por isso, o mercado já aposta em queda nos lucros da empresa, o que por sua vez afeta a distribuição de rendimentos e os investimentos em infraestrutura que a empresa havia planejado.

O Banco Central

Voltando ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ele afirmou hoje (14) em um evento que fará o que for preciso para segurar a alta dos preços. Isso confirma as expectativas do mercado de que a Selic pode ficar acima dos 6% previstos pelos economistas no início do ano.

Agora, o mercado já projeta uma Selic na casa dos 8% a 9% no final do ano.

Por isso, a renda fixa começa a tomar os olhares dos investidores. Isso porque com a alta da Selic, títulos mais seguros acabam ficando mais rentáveis.

Bancos pesaram

Por último, o setor bancário também sofreu forte queda e afetou o Ibovespa. Apesar de não ter motivos diretamente ligados à gestão da empresas, uma alta da Selic poderia impactar os financiamentos das empresas.

Isso porque com a alta dos juros, os financiamentos ficam mais caros e, por isso, tendem a ser menos numerosos.

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Ibovespa
[Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado]

CPI da Covid

O dia também foi marcado por mais uma série de reuniões da CPI da Covid. Apesar de não ter impactado diretamente no Ibovespa, os investidores estão de olho nos desdobramentos.

Hoje (14), a CPI entrevistou Marcos Tolentino. Ele é apontado como um dos sócios da empresa FIB Bank, que teria agido como seguradora na compra de vacinas.

Para a comissão, Marcos negou que seria um sócio oculto da empresa e refutou as matérias divulgadas na mídia.

Por isso, a CPI da Covid agora passa a investigar se o quadro societário da empresa é composto por “laranjas”, termo dado àqueles que têm o nome no quadro societário, mas não são, na prática, donos da empresa.

Vale lembrar que a compra de vacinas se dá diretamente entre laboratórios e empresas e, por isso, a atuação da Precisa Medicamentos e FIB Bank estariam ocorrendo fora da legalidade.

A CPI marcou para esse mês a data final das suas entrevistas, o que marcaria o início de um relatório definitivo.

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