Investimento Estrangeiro Direto mais que dobra no Brasil
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) bateu recordes no ano de 2021. O Brasil subiu uma posição e agora é 0 7° país com maior investimento externo no mundo. Os dados são da Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad). Segundo a entidade, o valor cresceu mais de 100% no ano passado, o que mostra, no geral, um maior apetite dos investidores ao risco do mercado brasileiro.
Em 2020, o Brasil ficou na oitava colocação. Agora, em sétimo lugar, a Unctad afirma que, apesar das incertezas políticas, o real desvalorizado compensou o cenário político e reavivou os planos dos grandes investidores para o país.
Valor mais que duplicou
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) mais que dobrou de 2020 para 2021. Os dados são dos primeiros 11 meses de 2021. Segundo a Unctad, o valor final ficou na casa dos US$58 bilhões, ante US$28 bilhões do ano de 2020. Para o cenário anterior à pandemia, o valor médio ficava na casa de US$60 bilhões anuais. Dessa forma, o Brasil conseguiu recuperar a confiança dos grandes fundos.
Com o resultado anual, o Brasil fica atrás apenas de grandes economias, principalmente aquelas de países avançados. À frente do Brasil estão os Estados Unidos, a China, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Canadá. Além disso, vale ressaltar que o Reino Unido foi o país que mais subiu entre os dois anos apurados. Por outro lado, a maior alta entre os fluxos de capital ficou entre os países desenvolvidos, com alta de 30%.
Por outro lado, o fluxo de IED subiu globalmente, o que representa uma volta à normalidade do cenário econômico. No total, o valor global alcançado ficou em US$1,65 trilhão, 77% maior que o valor de 2020, auge da pandemia. Além disso, a agência afirmou que as companhias brasileiras passaram a investir mais no exterior também, o que mostra uma maior confiança na demanda do mercado interno.
O que abrange os dados do Investimento Estrangeiro Direto?
O Investimento Estrangeiro Direto (IED) fala sobre o investimento de fundos e empresas de fora do Brasil na economia brasileira. Por isso, esses investimentos podem ser feitos via mercado financeiro, além de poder ser efetuado através de transações reais ou compra de fábricas.
Por aqui, os projetos de “greenfield”, que se refere às compras de nova instalações, e de fusão e aquisição se mantiveram estáveis. Dessa forma, grande parte dos investimentos dos estrangeiros se deu de forma indireta, seja através da bolsa, seja através de empréstimos às empresas.
Apesar disso, a Unctad informou que os valores serão reajustados à medida que novos dados estatísticos chegarem à entidade. Porém, especialistas afirmam que não haverá mudanças bruscas nos valores, o que representa um cenário positivo para o Brasil.
Além disso, o dado não surpreende. Em outubro do ano passado, a OCDE colocou o Brasil em sexto lugar entre as economias com maior IED. Agora, com os dados mais apurados, a Unctad entende que o país ficou em sétimo lugar, o que também equivale ao tamanho do PIB nacional em relação aos demais países.