Implantação do 5G nas capitais pode ser adiada até setembro. VEJA!

A implantação do 5G no Brasil poderá ficar para depois. Acontece que foi revelado nesta quarta-feira (11) que o Gaispi, grupo que coordena a implantação da nova tecnologia no país, recomendou ao Conselho Diretor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que faça uma prorrogação de 60 dias (dois meses) para o início da nova ferramenta nas capitais de todo o país, além do Distrito Federal.

A princípio, conforme o edital de regras do leilão do 5G no país, a nova tecnologia deveria começar nas capitais até 31 de julho deste ano.

Todavia, caso a proposta do Gaispi passe por aprovação, o prazo passará para até 29 de setembro de 2022.

Antes de mais nada, é importante deixar claro que a implantação ocorrerá primeiramente nas capitais. Nas demais cidades do Brasil, não há previsão de mudança do cronograma. Por outro lado, já se sabe que a implantação gradual acontecerá até o ano de 2029.

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Desde já, vale ressaltar que o Gaispi foi uma criação da própria Anatel. O grupo conta com representes do Ministério das Comunicações e das empresas vencedoras do leilão.

O Grupo deixa claro que a proposta anunciada nesta quarta (11) não representa, necessariamente, o adiamento do 5G, mas, sim, a concessão de prazo adicional para cumprimento das obrigações necessárias à ativação da tecnologia.

O Gaispi explica que nas capitais onde já houver condições técnicas, o sinal poderá ser passível de liberação antes do prazo previsto. Seja como for, o edital já previa a possibilidade de adiamento em 60 dias do prazo máximo de início da tecnologia.

5G e ‘Limpeza de faixa’

De acordo com nota da Anatel, o Gaispi solicitou um prazo maior diante da falta de equipamentos para fazer a “limpeza da faixa” de 3,5GHz, que será usada pelo 5G.

A faixa, inclusive, é a mesma da transmissão do sinal da TV parabólica. Para não haver interferência, o sinal passará por uma transferência para outra faixa de frequência, e a faixa de 3,5 GHz terá uma utilização somente para o 5G. Kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas serão distribuídos à população.

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“A motivação técnica para adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original. A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, diz a Anatel em nota.

Ademais, a ANATEL informa que a proposta citada deve “prever a possibilidade de antecipação da liberação do uso de faixa em determinadas áreas de prestação”, o que permitirá que o 5G comece antes de setembro nas capitais onde já houver condições técnicas.

Segundo informações do edital, a limpeza da faixa deveria ser concluída até 30 de junho. Com a aprovação do no prazo, a nova data será 29 de agosto deste ano.

Empresas planejam usar 5G

A maioria (71%) dos executivos brasileiros em cargos de alta liderança (C-Level) acreditam que as empresas em que atuam planejam utilizar tecnologia 5G em até cinco anos. Outros 20% disseram que já estão até investindo na tecnologia de dados móveis.

Ademais, apenas 8% dos executivos não sabem qual será a direção das suas empresas sobre o tema e só 1% deles não pretendem atuar nisso. Os dados fazem parte da pesquisa “Tecnologia 5G: a hiperconectividade que vai mudar o mundo”, conduzida pela KPMG com 110 executivos do Brasil, sendo 32% CFOs e 18% CEOs.

De acordo com ela, há forte intenção das empresas investirem nesta tecnologia. Para 56%, as redes 5G estão na agenda estratégica dos gestores ou do conselho de administração. Menos de um terço (28%) disseram que isso não ocorre, e 16% não souberam afirmar se o investimento está no planejamento de sua empresa. 

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Entre quem vai investir, a dúvida que surge é qual será o valor, já que quase metade (46%) não soube precisar quanto suas empresas investirão em 5G. Entre aqueles que tem um orçamento definido, as cifras não ultrapassam R$ 50 milhões. Um quarto (25%) pretende investir até R$ 1 milhão.

Por fim, a faixa que deve dispender entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões corresponde a 14%, e outros 15% pretendem investir entre R$ 11 milhões e R$ 50 milhões. 

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