Ibovespa recupera parte das perdas

O Ibovespa fechou em um leve positivo após a queda brusca de ontem. A recuperação parcial do índice não tem reflexo na melhora dos dados e das notícias.

Apesar disso, fechar no verde é sempre uma boa ideia.

O mergulho de ontem

Ontem o Ibovespa fechou em queda de 3,05% após o FED anunciar pela milésima que vai retirar o estímulo em novembro.

O mercado financeiro parecia não acreditar que isso aconteceria, mas com a confirmação, a economia já se prepara para momentos sombrios. Isso porque com o estímulo, o crescimento da economia está abaixo do esperado. Sem estímulo, então…

Por isso, o FED está sendo “acusado” de furar a bolha. Com a economia andando mal, o índice S&P 500 subiu mais de 30% desde o início de 2020, o que não condiz com a realidade.

Por isso, as empresas de tecnologia, altamente valorizadas no ano passado, são as que mais devem sofrer. Por outro lado, empresas consolidadas, como bancos e grandes indústrias, devem sofrer menos e segurar as quedas.

Com a saída do FED, economias emergentes devem sofrer mais com os investidores tirando dinheiro para investir em ativos de maior segurança.

Somado a isso, a alta de juros em todo o mundo e, agora, nos Estados Unidos, deve fazer com que a bolsa brasileira não esteja atrativa.

No cenário internacional, a crise energética no mundo todo também afetou o rendimento positivo, não deixando que o índice se descolasse de valores próximos a zero.

O Ibovespa

O Ibovespa começou o dia no verde, atingindo a alta de 1,68% no horário do almoço.

Apesar disso, a sobremesa veio amarga. Das 12h15 até o fim do pregão, a queda de 0,97% não foi capaz de evitar o dia lateral do índice, que fechou em 0,89%.

Dentre as maiores altas, estão Braskem, com subida de 9%, JBS com alta de 6,28% e Usiminas, com 6,02%.

Nas altas, Banco Inter, preferencial e ordinária, encabeçaram as quedas com quase 4% ambas. Seguindo, Eco Rodovias e Magalu caíram na casa dos 2,7%.

Apesar disso, as expectativas para os bancões são boas. Com a alta dos juros no mundo, a pressão para o aumento da Selic fica forte e, como os bancos detêm boa parte da dívida pública, isso gera maior rendimentos a Itau, Bradesco, Santander e Banco do Brasil.

Boletim Focus
[Imagem: Shutterstock – reprodução]

Setembro

Faltando apenas um pregão para o Ibovespa encerrar setembro, é praticamente inevitável que o índice feche no vermelho.

Começando o mês na casa dos 119 mil pontos, agora ele está próximo dos 111 mil, o que representa, até agora, uma queda de 6,94%.

Com a alta da Selic no radar, a bolsa pode sofrer ainda mais desvalorizações com os investidores buscando ativos de menor risco, como a renda fixa, representada pelo Tesouro Direto e pelo crédito privado.

De qualquer forma, a renda variável apresenta oportunidades de desconto, pois, como reiteramos todo dia, o indicador preço/lucro está abaixo da média dos últimos 10 anos.

Basta seguir a estratégia e vislumbrar o longo prazo.

Bons investimentos!

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