O início dessa semana veio parecido com o início da semana passada: o Ibovespa sofreu uma forte queda hoje, 28, devido ao cenário externo e notícias não muito boas.
Além disso, fatores políticos daqui do Brasil afetaram o rendimento do índice.
O que aconteceu?
A montanha-russa continua no Ibovespa e hoje foi um forte golpe nos investidores. A queda de 3,05% foi estimulada pelo FED e por notícias vindas do Canadá.
Além disso, empresas como MGLU3 atingiram, pela quinta vez no ano, a mínima em 52 semanas, mostrando o viés forte de baixa de algumas empresas da bolsa de valores.
Apesar disso, o Preço/Lucro, indicador da bolsa, segue bem abaixo da média dos últimos 10 anos, reafirmando a existência de oportunidades para o longo prazo (para quem tem estômago!).
Por outro lado, os bancos centrais não estão favorecendo as bolsas. A subida geral dos juros afeta os investimentos de risco e causam a fuga dos investidores de ativos de maior volatilidade.
FED, seu danado
O Ibovespa mostrou que os investidores se deram conta só agora de que o FED, banco central americano, vai, de fato, retirar os estímulos da economia.
Apesar disso, Jerome Powell vem avisando há semanas que isso vai ocorrer. Porém, com uma economia andando de forma capenga e abaixo do esperado, isso representa uma péssima notícia.
Por isso, o índice S&P500 caiu mais de 2% hoje. O índice, que tem grande parte em empresas de tecnologia, parece ser o mais afetado pelo atual momento. Isso porque com a pandemia, os investidores supervalorizaram essas empresas, gerando uma bolha.
Vale lembrar que o S&P500 subiu mais de 30% desde o início do ano passado, e isso não reflete os dados da economia, muito menos os dados das empresas. Por isso, o preço cresceu muito acima do valor da empresa.
Por outro lado, a “velha economia”, sinalizada por empresas tradicionais, não vem sofrendo tanto, apesar de sangrar bastante. O índice Dow Jones, que representa esse tipo de mercado, teve uma queda menor hoje, de 1,63%.
Isso mostra que investidores estão mais confiantes com petrolíferas, bancos e empresas consolidadas, que com empresas de tecnologia e com menores fundamentos.
No Brasil, se pudéssemos comparar, o Dow Jones seria representado pelas tradicionais: Vale, Petrobrás, Itaú, Bradesco e outras empresas. No caso do S&P500, seria TOTV3, CASH3, ENJU3 e outras empresas inovadoras.
Por falar em CASH3, as ações da Méliuz caíram 8% hoje, um tombo histórico. Desde seu topo, em 23 de julho, a empresa perdeu quase 50% do seu valor de mercado nas ações.
O investidor deve se preocupar?
Com as quedas do Ibovespa, lembre-se da frase de Warren Buffet: “compre ao som dos canhões, venda ao som dos violinos”.
Por isso, se você tem uma estratégia definida e a segue com disciplina, é hora da compra. Se você, contudo, não tem estratégia, é hora de pensar em uma. E rápido.
Bons investimentos!
