Ibovespa de lado pelo terceiro dia seguido

O Ibovespa ficou de lado pelo terceiro dia seguido, esperando dados dados econômicos que serão divulgados amanhã.

Com isso, desde o início do mês, o índice tem uma leve desvalorização de 0,02%, o que configura uma falta de orientação.

Mais um dia de lado

O Ibovespa descolou dos índices internacionais e fechou no zero a zero pelo terceiro dia seguido. A falta de oscilações se deve ao fato do mercado aguardar os dados do IPCA que serão divulgados amanhã.

Os índices internacionais fecharam em altas mais expressivas, diferentemente do Ibovespa. No Reino Unido, o FTSE100 fechou com alta de 1,17%, enquanto que nos Estados Unidos o S&P500 e o Dow Jones subiram 0,83% e 0,98% respectivamente.

Na Ásia, o índice japonês subiu 0,54%. Contudo, em Hong Kong o índice subiu incríveis 3,07% após notícias de que uma ex-acionista da Evergrande estaria interessada em comprar parte da fatia novamente.

Apesar disso, o mundo todo viu como positivo o anúncio de que os Republicanos aumentarão o teto da dívida americana pelo menos até dezembro. Isso evita o default (calote) do país mais seguro do mundo para se investir. Além disso, o aumento significa que há maiores chances de o projeto de infraestrutura trilionário de Biden ser aprovado.

Além disso, a baixa momentânea do gás natural e do petróleo animaram o mercado, que já começa a entender que a crise energética pode ser passageira. A isso, soma-se as declarações do presidente da Rússia sobre o aumento da oferta do gás natural. Além disso, esse alento pode representar uma diminuição da inflação no país, o que possibilita um crescimento mais saudável.

Ibovespa
Foto: Pexels – reprodução

Por aqui

A Vale sustentou a alta do Ibovespa hoje, ao engrenar uma pernada de alta de quase 3%. Isso porque, ao representar 11% do índice, a ação é a porta de entrada da bolsa brasileira pelos estrangeiros.

Por isso, o ativo sentiu o otimismo global de hoje em suas ações, ao contrário dos ativos da Petrobrás, que fecharam laterais, com uma queda de 0,14%. Apesar disso, as ações tradicionais (grandes bancos, petrolíferas, etc) sofreram as maiores altas do dia no mundo, com o temor das techs ainda no radar. O Brasil, claro, foi a exceção, com Bradesco (BBDC) caindo mais de 2%. Itaú fechou em baixa de 1,55%.

Além disso, o dólar também fechou em alta. Hoje, de 0,57%, na casa dos R$5,51. É a cotação mais alta desde o dia 19 de abril desse ano, quando o dólar operava em pernada de alta. Isso quer dizer que, se mantida a esses níveis, a moeda pode pressionar a inflação por aqui, mesmo com as commoditties caindo em suas cotações.

Por falar em commoditties, hoje a Kinitro Capital, gestora de fundos de investimentos, alertou o mercado para a possibilidade de o petróleo chegar a US$100,00. Cotado atualmente na faixa dos US$82,00, se o dólar atingir os três dígitos, segundo a Asset, a inflação pode bater os 10% no final, ante uma projeção atual na casa dos 8,5%.

Para amanhã os dados do IPCA devem agitar o índice e gerar volatilidades maiores. Contudo, hoje, com uma agenda fraca por aqui, era de se esperar que o Ibovespa seguisse o mercado externo, algo que não ocorreu.

 

 

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