Ibovespa cai forte mais uma vez

O Ibovespa caiu pela segunda vez seguida durante o primeiro pregão semanal. Hoje, o risco do mercado internacional foi a principal influência, mas teve ruído interno também.

O índice perdeu os 111 mil pontos e está em um de seus mais baixos patamares do ano.

FED derrubando tudo

Com a eminente retirada dos estímulos à economia americana pelo FED, o Ibovespa – e todos os índices internacionais – caíram hoje e isso tem um motivo.

Os ativos da bolsa americana subiram demais, cerca de 30% desde o início de 2020, o que claramente não mostra a realidade da economia. Por isso, analistas entendem que  essa alta foi sustentada pela ilusão causada pelo banco central americano ao injetar dinheiro na economia por lá.

Por isso, com a saída dos estímulos, essas ações tendem a cair de forma mais brusca, agora que precisarão andar com suas próprias pernas. Como resultado da pandemia e sua consequente digitalização do mundo, as empresas de tecnologia tiveram grande alta.

Agora, com a retirada dos estímulos, essas empresas tendem a cair mais que as outras. E isso se refletiu hoje. O índice S&P 500, que tem as maiores empresas de tecnologia da bolsa americana, caiu 1,30%, enquanto o Dow Jones, com empresas “tradicionais”, caiu 0,94%.

Por outro lado, o caso da Evergrande segue assustando o mercado, que já se prepara para uma queda no crescimento da China. Governos do mundo todo já estudam estratégias para diminuir os impactos disso. Caso não se lembre disso, leia aqui.

Ibovespa
Imagem: Koji Kamei – Pexels

Por aqui, não se falou em outra coisa

O Ibovespa sentiu também os ruídos da investigação Pandora Papers, que fez o índice cair mais um pouco.

Isso porque além de uma economia que vai muito mal e tem previsões quase catastróficas para o ano de 2022, a suspeita e a possibilidade de atos ilícitos de dois dos três chefes da economia nacional pesaram sobre o índice.

Além disso, a prévia para a inflação é preocupante e o IPCA deve fechar o mês acima dos 10% anualizados, o que representa quase o dobro da meta estipulada para o início de 2020.

Por aqui, Banco Inter e Banco Pan despencaram, caindo em torno de 10% cada. As units de Banco Inter caíram 12,78%, enquanto a sua preferencial, BIDI4, caiu 12,43%. No caso do Banco Pan, que anunciou a fusão com a Mosaico (MOSI3), caiu 9,59%.

Por outro lado, as altas ficaram restritas a 6 ativos. Petrobrás liderou com alta de 2,75% nas preferenciais e 2,41% nas ordinárias, enquanto o segundo lugar ficou com XP Inc. (XPBR31), resultado a cisão do Itaú com a XP, com uma “alta” de 0,93% no dia.

O mercado ainda segue de olho nas prévias da inflação e do resultado industrial que sairão essa semana. Apesar disso, o Brasil, que é naturalmente uma economia mais fraca, fica ainda menos favorecido e o Ibovespa perde para seus pares nos mercados emergentes.

Contudo, o lado positivo é que os descontos das empresas se tornam ainda maiores, com MGLU3, por exemplo, atingindo pela quinta vez no ano o seu preço mínimo.

Bons investimentos!

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