Ibovespa: à espera da Selic, índice fica de lado

O Ibovespa ficou de lado hoje, à espera da definição das taxas e juros na economia brasileira. A nova Selic, que vigorará a partir de amanhã, ainda não foi definida pelo Banco Central.

Com isso, o índice teve pouca volatilidade, com ativos precificados abaixo do que estavam no início do ano. Além disso, algumas empresas decepcionaram os investidores.

Sem emoção

Hoje o Ibovespa operou sem emoção para quem gosta de grandes negociações. Isso porque o índice fechou em leve alta de 0,1%, o que configura um dia lateral. De certa forma, isso já é esperado nos dias que antecedem a definição de uma nova Selic.

Com isso, os olhares se voltam para o cenário internacional, onde investidores buscam informações e resultados para analisar seus investimentos. Apesar disso, nada aconteceu de importante por lá também.

Isso porque as bolsas americanas operaram de lado também, sem fortes notícias e à espera de balanços de grandes empresas. O índice Nasdaq fechou em 0%, enquanto S&P 500 fechou em leve queda de 0,51%. O Dow Jones operou em queda mais forte, de 0,71%.

Na parte das commodities, algumas notícias animaram o mercado, pelo menos em partes. Isso porque o Brent fechou em queda considerável de 2,60%, cotado a US$ 83,42, após atingir máximas históricas. Se o movimento continuar, podemos ver uma leve esfriada no aumento da gasolina. Essa notícia também esfriou os ânimos em Petrobrás (PETR4), que teve leve baixa de 0,24% no dia. Por outro lado, o ouro teve leve alta de 0,28%, representando um cenário de normalidade na economia internacional, depois de grandes distúrbios na China e nos Estados Unidos.

Ibovespa
Imagem: Istock Photos

As ações do Ibovespa

Em dias laterais, é interessante ver as empresas do Ibovespa para testar o termômetro do mercado em relação a determinados ativos. Com isso, as maiores altas e as maiores baixas do dia pode falar muito sobre o futuro das cotações.

No Brasil, Cogna liderou as altas do dia, depois de uma queda de mais de 40% em 4 meses. Com isso, a correção de hoje foi forte, na casa dos 5,58%. Em segundo lugar, Eztec operou em forte alta hoje, também corrigindo parte de um movimento forte de baixa em 6 meses. A alta diária foi de 4,99%. Em terceiro, Multiplan subiu 4,57%. O ativo, que depende da saúde da economia, também vem sofrendo sucessivas quedas.

Por outro lado, algumas baixas são interessantes de serem analisadas. PetroRio caiu mais de 6%, depois de anunciar que vai começar a operação em mais um poço. Aparentemente o mercado não gostou muito da ideia. Em segundo lugar, Méliuz operou em queda de 4,55%, o que resulta em mais de 70% de queda em 3 meses. A empresa teve forte subida após o IPO, mas o mercado começa a se preocupar com a empresa. Além disso, o destaque ficou em MagazineLuiza, que fechou na mínima em 52 semanas, cotado a R$11,60. A empresa, que era uma das queridinhas da bolsa, sentiu a baixa nas previsões de crescimento e parece cair a ilusão de que os rendimentos da empresa não teriam fim.

Por hoje foi isso. Amanhã, com o noticiário do COPOM e o andamento dos precatórios, o Ibovespa deve ter emoções mais fortes.

 

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