IBGE aponta elevação do custo nacional da construção civil

Está mais caro construir ou reformar, segundo o IBGE, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,38% em outubro, com destaque para o preço do material de construção e para a elevação do custo da mão de obra profissional.

O Índice Nacional da Construção Civil foi de 0,38% no mês de outubro

O acumulado nos últimos doze meses foi para 12,41%, resultado pouco abaixo dos 13,11% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano fechou em 10,64%. Em outubro de 2021, o índice havia sido 1,01%.

IBGE aponta elevação no custo nacional da construção

Segundo informa o IBGE, o custo nacional da construção, por metro quadrado, que em setembro fechou em R$ 1.669,19, passou em outubro para R$ 1.675,46, sendo R$ 1000,36 relativos aos materiais e R$ 675,10 à mão de obra.

Materiais

A parcela dos materiais foi de 0,04%, percentual inferior ao do mês anterior (0,53%) e também ao de outubro de 2021 (1,27%), em 0,49 e 1,23 pontos percentuais respectivamente. A taxa de outubro foi a menor observada desde janeiro de 2020.

Mão de obra

Já a parcela da mão de obra, com taxa de 0,88%, subiu 0,57 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,31%), influenciada por quatro acordos coletivos no período. Comparando com outubro do ano anterior (0,64%), houve aumento de 0,24 ponto percentual. O IBGE destaca que os acumulados no ano foram: 9,93% (materiais) e 11,70% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 12,60% (materiais) e 12,07% (mão de obra), respectivamente.

Região Centro-Oeste registra a maior variação mensal

Apesar do índice negativo registrado no Mato Grosso do Sul, a Região Centro-Oeste apresentou a maior variação regional em outubro, 1,59%, influenciada, principalmente, pelo acordo coletivo observado no estado do Mato Grosso.

As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,46% (Norte), 0,25% (Nordeste), -0,03% (Sudeste), e 0,27% (Sul), destaca o IBGE. Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.678,09 (Norte); R$ 1.560,37 (Nordeste); R$ 1.736,74 (Sudeste); R$ 1.750,43 (Sul) e R$ 1.709,83 (Centro-Oeste).

Maior alta ocorreu em Mato Grosso

Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, Mato Grosso foi o estado com a maior variação mensal, 4,89%. Roraima (3,64%), Pará (2,55%) e Alagoas (2,64%) também apresentaram índices altos, influenciados pelo reajuste na parcela da mão de obra, de acordo com dados do IBGE.

SINAPI – outubro de 2022 (dados do IBGE)
Com desoneração da folha de pagamento de empresas do setor

ÁREAS GEOGRÁFICAS
CUSTOS
MÉDIOS
NÚMEROS
ÍNDICES
VARIAÇÕES PERCENTUAIS

R$/m2
JUN/94=100
MENSAL
NO ANO
12 MESES

BRASIL             
1675,46
838,67
0,38
10,64
12,41

REGIÃO NORTE       
1678,09
836,07
1,46
11,39
13,74

Rondônia
1743,26
972,16
0,26
16,36
17,77

Acre
1800,13
955,24
0,18
11,55
14,59

Amazonas
1650,43
807,97
0,64
13,23
15,54

Roraima
1765,39
733,22
3,64
12,20
18,13

Para
1658,27
795,16
2,55
9,07
11,03

Amapá
1594,38
774,39
0,31
11,69
13,38

Tocantins
1736,08
912,73
0,09
13,92
17,40

REGIÃO NORDESTE    
1560,37
842,71
0,25
10,01
11,82

Maranhão
1572,39
828,50
-0,03
9,65
12,64

Piauí
1511,46
1004,48
0,47
9,16
11,65

Ceara
1541,34
890,32
-0,08
10,46
11,75

Rio Grande do Norte
1534,28
773,31
0,06
16,30
17,70

Paraíba
1583,73
875,70
0,75
10,40
11,85

Pernambuco
1542,67
824,81
0,43
11,60
13,60

Alagoas
1510,03
754,36
2,64
11,06
12,58

Sergipe
1471,81
782,09
0,57
9,14
11,44

Bahia
1602,82
848,50
-0,10
7,92
9,38

REGIÃO SUDESTE     
1736,74
831,40
-0,03
10,44
11,91

Minas Gerais
1618,41
890,65
-0,10
10,41
10,80

Espirito Santo
1548,48
858,96
0,03
10,02
13,33

Rio de Janeiro
1840,63
838,81
0,08
9,87
11,99

São Paulo
1781,46
804,60
-0,04
10,75
12,44

REGIÃO SUL         
1750,43
837,17
0,27
9,77
11,32

Paraná
1725,34
825,05
0,10
9,67
11,20

Santa Catarina
1888,26
1022,47
0,39
10,29
11,33

Rio Grande do Sul
1659,72
753,26
0,42
9,27
11,46

REGIÃO CENTRO-OESTE
1709,83
872,90
1,59
13,74
16,27

Mato Grosso do Sul
1668,21
784,66
-0,02
11,89
14,02

Mato Grosso
1769,51
1009,38
4,89
20,45
22,13

Goiás
1669,41
881,72
0,09
12,40
14,59

Distrito Federal
1714,93
757,29
0,33
8,30
12,47

Fonte: IBGE

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