Evergrande derruba Bitcoin

A crise da gigante chinesa, Evergrande, derrubou, além das bolsas mundiais, os índices de criptomoedas no mundo todo, incluindo o Bitcoin.

A queda vem acompanhada de preocupação e novos olhares do mercado.

Entenda o caso

Evergrande é uma gigante do setor imobiliário chinês que, recentemente, alegou um risco de calote aos seus credores. O que preocupa é o valor.

Isso porque a empresa tem US$300 bilhões de dívidas, um valor que pode afundar mais ainda a economia do mundo.

A empresa, que vem avisando os investidores e o governo chinês há meses, parece ter chegado a uma situação quase irreparável. Por causa do valor de suas dívidas, o calote teria efeitos similares ao não pagamento do Lehmann Brother, em 2008, que desencadeou a crise do subprime, que derrubou economias no mundo todo.

Além disso, uma queda no setor imobiliário chinês é ruim para o Brasil. As exportações de aço e a consequente desaceleração da economia brasileira pode se tornar realidade se a empresas fechar as portas.

Por isso, temor dos investidores fez derrubar índices no mundo todo, ao mesmo tempo em que o dólar, ativo mais seguro, registrou valorização.

Evergrande
Foto: Pixabay

A queda das cripto

Dessa vez não houve nenhuma notícia de país fiscalizando, ou Elon Musk falando algo que pudesse mexer no preço, mas houve o efeito Evergrande.

Com o temor da economia mundial desacelerar, os ativos de mais risco tendem a cair, e isso ocorreu com o Bitcoin.

Seguindo os movimentos internacionais, a moeda digital chegou a cair 10% em um dia. Apesar de uma variação dessas ser comum no mundo das moedas digitais, agora o temor vem justificado na economia mundial.

Alguns ativos também apresentaram quedas semelhantes. O Ethereum chegou a operar em queda de 12%, mesmos patamares de queda de outros criptoativos.

O fato de as moedas não serem regulamentadas deixa pontos negativos: em momentos de crise, quando o mercado espera um plano governamental para salvar a economia, ninguém pode fazer muito pelas criptomoedas.

Como não há um Banco Central centralizado para cuidar da emissão ou retirada dessas moedas de circulação, em momentos de aperto, a queda tende a ser mais acentuada. Por outro lado, em momentos de otimismo, por serem ativos de maior risco, suas escaladas de subida também tendem a ser mais acentuadas.

Como fica a sua carteira de investimentos?

Primeiro, é importante ressaltar que o caso Evergrande passará. Isso é fundamental de se entender.

Por isso, o ideal é manter a estratégia e aproveitar o momento de queda para comprar os ativos que você considera melhor.

Dessa forma, não vale a pena entrar em pânico: a bolsa de valores já viu diversas crises. Uma das maiores delas ocorreu recentemente, em março de 2020.

Com a declaração de pandemia pela OMS, a bolsa brasileira chegou a fechar, mas o tempo mostrou que, quem comprou os ativos naquele dia, hoje parece estar bastante feliz com a escolha.

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