Dólar fecha esta quarta cotado a R$ 5,46, uma queda de 1,68%
O dólar registrou nesta quarta-feira (19) a maior queda desde o fim de dezembro, quebrou um importante suporte técnico e fechou no menor patamar em dois meses, com o real liderando os ganhos entre as principais moedas globais em meio a um rali nas commodities, correção para baixo da moeda americana no mundo e algum alívio em receios político-fiscais domésticos.
O dólar à vista caiu 1,68%, a 5,4673 reais na venda. É o menor patamar para um encerramento desde 12 de novembro do ano passado (5,4569 reais) e a maior baixa percentual diária desde o último 30 de dezembro (-2,11%).
Com a expressiva desvalorização, o dólar fechou abaixo de sua média móvel linear de 100 dias (5,5114 reais), o que costuma ser visto como presságio para mais quedas à frente. Esse valor ajudou as negociações do dia da moeda americana.
Veja o que motivou a queda do dólar nesta quarta
Em dia de forte descompressão no câmbio, as taxas de juros projetadas em contratos futuros negociados na bolsa brasileira despencaram, com os vencimentos mais longos em queda de cerca de 20 pontos-base, o que derrubou a inclinação da curva vista como uma medida de percepção de risco.
De toda forma, o mercado se mostrou mais vendedor de dólar nesta quarta também pelo ajuste global da moeda para baixo o índice do dólar cedia 0,2% e pelo rali dos preços das matérias-primas, que alavancados pelo petróleo bateram picos em mais de sete anos.
Analistas vêm comentando há alguns dias que as forças em prol de uma correção de baixa do dólar no Brasil estariam ganhando espaço, conforme o real se distanciou ainda mais de níveis de equilíbrio depois da depreciação de começo de ano.
A trégua na piora de perspectivas também ajuda a tirar pressão, sobretudo com as taxas de juros no Brasil que balizam os retornos de contratos de real negociados por estrangeiros devendo superar 10% ao ano.