Dólar fecha esta quarta (24) em queda, cotado a R$ 5,59

O dólar fechou em queda de 0,24%, cotado a R$ 5,5948, nesta quarta-feira (24), com investidores de olho no noticiário em torno da PEC dos Precatórios e na divulgação de uma bateria de dados nos Estados Unidos.

Na ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA), divulgada nesta quarta, vários integrantes disseram que estariam abertos a acelerar a conclusão de seu programa de compra de títulos se a inflação permanecesse alta e também a agir mais rapidamente para aumentar as taxas de juros.

Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular recuo de 0,93 no mês. No ano, ainda tem valorização de 7,86% contra o real.

Cenário

No mercado internacional, os preços do petróleo tiveram leve recuo, após forte avanço na véspera, mesmo após os Estados Unidos e outros países, entre eles a China, anunciarem que farão uso de suas reservas estratégicas de petróleo para tentar provocar uma queda nos preços da commodity.

Na agenda doméstica, a FGV divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu em novembro para o menor valor desde abril.

Na cena política, as atenções seguiram voltadas para a tramitação da PEC dos Precatórios no Senado e no xadrez político que se desenha conforme o noticiário eleitoral esquenta, com mais informações sobre pré-candidatos para a Presidência da República em 2022.

A PEC é a principal aposta do governo para viabilizar o programa. A proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos (regra pela qual, de um ano para outro, as despesas do governo não podem crescer mais que a variação da inflação). O governo afirma que, se aprovada, a PEC abrirá espaço de R$ 91,6 bilhões no orçamento de 2022.

Projeções para inflação, juros e dólar

O mercado financeiro elevou novamente a estimativa para inflação oficial, e passou a prever um valor acima de 10% neste ano, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Já a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano passou de 4,88% para 4,80%. Para 2022, a estimativa de alta foi reduzida de 0,93% para 0,70%.

Para a taxa básica de juros, foi mantida em 9,25% ao ano a previsão para o fim de 2021. Para o fim de 2022, a expectativa para a Selic foi elevada de 11% para 11,25% ao ano.

Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,50 por dólar.

Juros mais altos teoricamente elevariam a atratividade para investimentos na renda fixa brasileira, fluxo esse que aumentaria a oferta de dólares e poderia baixar o preço da moeda.

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