Dólar fecha a semana cotado a R$ 5,51 com queda de 0,02%
O dólar fechou estável nesta sexta-feira (8), com leve queda de 0,02%, cotado a R$ 5,5151, com as operações locais replicando um dia de poucas variações nos ativos financeiros internacionais.
Além disso, essas mudanças na cotação do dólar teve a ver com a divulgação de dados de emprego nos EUA pouco terem mexido nas apostas sobre corte de estímulos por lá.
Cenário para essas variações
A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos aumentou bem menos do que o esperado em setembro. Foram criados 194 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de abertura de 500 mil vagas.
O relatório de emprego de setembro é o único disponível antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (BC dos EUA) que acontece nos dias 2 e 3 de novembro.
O banco central dos EUA sinalizou no mês passado que poderia começar a reduzir sua compra mensal de títulos já em novembro.
O chair do Fed, Jerome Powell, disse que “seria necessário um relatório de emprego razoavelmente bom” para atingir o objetivo do banco central para redução de seu enorme esquema de compra de títulos.
Ainda nos EUA, o Senado fechou um acordo temporário para evitar um calote da dívida federal nas próximas semanas, mas adiou para dezembro uma decisão sobre uma solução mais duradoura.
O aumento de US$ 480 bilhões, que elevará o limite da dívida para US$ 28,9 trilhões, deve se esgotar até 3 de dezembro.
IBGE divulga inflação de setembro
O IBGE divulgou nesta sexta-feira a inflação oficial de setembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou de 0,87% em agosto para 1,16% em setembro.
Foi a maior taxa para meses de setembro desde 1994, quando o índice foi de 1,53%. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 10,25%. No ano, o IPCA acumula alta de 6,90%.
A expectativa do mercado financeiro para a inflação em 2021está atualmente em 8,51%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, bem acima do teto da meta do governo para o ano, que era de 5,25%. Para 2022, a projeção está em 4,14%.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta semana que a taxa de inflação no país atingiu o seu pico em setembro e deve começar a cair a partir deste mês.
O Banco Central deixou de promover elevação mais agressiva da Selic em sua última reunião, quando subiu a taxa em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano.
Alguns participantes do mercado chegaram a precificar alta de até 1,5 ponto percentual para o encontro de setembro da autarquia.