Cuba começa a autorizar o uso de criptomoedas no país
Cuba está planejando regulamentar criptomoedas, de acordo com uma declaração publicada em seu diário nacional oficial, em 26 de agosto, com cobertura pela Associated Press e por vários outros portais de notícias.
Segundo o documento, a declaração objetiva estabelecer regras para regulamentar o uso de ativos virtuais, bem como conceder licenças para fornecedores de serviços que lidam com tais ativos.
A situação permitirá que o Banco Central de Cuba autorize ativos virtuais e fornecedores de serviços “para razões de interesses socioeconômicos.”
Neste caso, ativos virtuais se referem “à representação digital de valor”, que podem ser negociados ou transferidos digitalmente e utilizados para pagamentos ou investimentos. Essa definição abrange outros termos, como ativos digitais, criptoativos, criptomoedas, moeda digital e moeda virtual.
O envio de dinheiro entre os dois países se tornou mais difícil após o ex-presidente americano, Donald Trump, ter imposto sanções às remessas monetárias no ano passado.
Criptomoedas podem ser um modo de facilitar o processo de envio de remessas dos Estados Unidos para Cuba, conforme apontado pelo portal Gizmodo.
O que são as criptomoedas?
As criptomoedas nada mais são do que moedas virtuais, utilizadas para a realização de pagamentos em transações comerciais. Ou seja, possuem a mesma função de comprar mercadorias e serviços que as moedas já conhecidas por nós, como o Real e o Dólar. Mas qual a diferença das criptomoedas para as moedas regulares?
Além do fato de serem completamente virtuais, existem três características básicas que diferenciam as criptomoedas das moedas regulares: a descentralização, o anonimato e custo zero de transação.
A descentralização significa essencialmente que essas moedas independem de um banco central ou do Estado para a sua regulamentação, isto é, suas oscilações de preço ocorrem de acordo com a própria economia por trás da moeda, possuindo menor interferência do Estado do que uma moeda regular teria.
Os registros das transações são armazenados por uma grande comunidade de usuários espalhados ao redor do mundo, e não em local único. Isso permite acesso à verificação pública e rápida no banco de dados, além de dificultar a ação de hackers. A complexa tecnologia de dados por detrás do Blockchain é que garante que as transações sejam confiáveis.
Transações com criptomoedas também garantem relativo anonimato ao usuário. A maioria não requer nenhum tipo de informação pessoal para começar a utilizar o serviço, o que leva algumas pessoas a argumentarem que atividades ilegais, como tráfico de drogas e armas, poderiam ser facilitadas por esse meio.