Cotação Dólar: Moeda começa em baixa nesta segunda. Saiba o valor!

O dólar opera em queda nesta segunda-feira (25), em meio a expectativas de alta ainda maior na taxa básica de juros nesta semana após as manobras do governo federal para driblar o teto de gastos elevar os temores de descontrole fiscal no país.

Às 10h21, a moeda-norte americana recuava 0,28%, cotada a R$ 5,6126.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,65%, cotado a R$ 5,6282, mas acumulou avanço de 3,22% na semana. No mês, a moeda norte-americana tem alta de 3,35%. No ano, o avanço é de 8,50%.

Mercado passa a prever alta maior dos juros

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, propôs furar o teto de gastos (mecanismo que limita o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior) para viabilizar o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil.

Na visão do mercado, as manobras para furar do teto dos gastos colocam ainda mais pressão no dólar e no Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide nesta quarta-feira (27) a nova taxa básica de juros (Selic), atualmente em 6,25% ao ano.

Segundo pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda, a taxa básica da economia deve subir dos atuais 6,25% para 7,5% ao ano – uma alta de 1,25 ponto percentual. Até então, o mercado acreditava em um crescimento menor, de 1 ponto percentual nesta semana.

Mas casas como a XP, por exemplo, enxergam um aperto monetário ainda maior, de 1,50 ponto percentual. Ao fim do ciclo, a casa estima que a Selic estará em 11% ao ano, ante taxa de 6,25% atualmente.

O mercado financeiro também elevou de 8,25% para 8,75% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. E, para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro subiram a expectativa para a taxa Selic de 8,75% para 9,5% ao ano, segundo a pesquisa Focus.

Piora das expectativas para inflação e PIB

A explosão da dívida pública e o risco de um descontrole da situação fiscal é apontado por analistas e investidores como um dos principais fatores de incerteza doméstica, podendo inclusive inviabilizar uma retomada sustentada da economia brasileira.

O mercado passou a projetar uma inflação de 8,96% em 2021. Para 2022, a estimativa para o IPCA subiu de 4,17% para 4,18%. Já a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB), caiu de 5,01% para 4,97% em 2021. Para 2022, o mercado baixou a previsão de alta de crescimento da economia de 1,50% para 1,40%.

Para o dólar, projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45. Para o fim de 2022, avançou de R$ 5,25 para R$ 5,45 por dólar.

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