COP26: o que é e como chega o Brasil em Glasgow

Grandes líderes mundiais chegam à Glasgow para uma das reuniões mais importantes da história da humanidade, a COP26. Em meio ao aquecimento do globo terrestre, presidentes e chefes de Estado chegam ao Reino Unido para discutir o aquecimento global, efeito estufa e demais temas ligados ao meio ambiente. O intuito é mudar o planeta, tornando-o mais sustentável, sem que isso represente um problema para a economia.

O encontro, que vai de 31 de outubro a 12 de novembro, também marca o forte olhar do mundo sobre o Brasil. O presidente Jair Bolsonaro terá que se sair bem nesse encontro.

A COP26

Desde o acordo de Paris, em 2015, os países concordaram em adotar práticas voltadas à sustentabilidade e ao bom relacionamento entre economia e natureza. Com isso, a COP26 sinaliza uma continuidade do mundo na busca por esses esforços.

Dessa forma, os mais diversos países mostrarão seus planos para diminuir a emissão de gases na atmosfera e novos acordos bilaterais (ou multilaterais) em busca da sustentabilidade. Por isso, a COP26 é muito aguardada por investidores, ambientalistas e analistas políticos, pois a reunião pode – e deve – definir os próximos passos da economia mundial.

O nome vem de Conference of Parts (Conferência das Partes). Como se trata do vigésimo sexto encontro, o número 26. Por isso, a reunião é história porque, diante do atual cenário, algumas medidas econômicas decepcionaram.

COP26
(Crédito: CARL DE SOUZA / AFP)

O que deve ser assunto?

No Acordo de Paris, em 2015, os países mais ricos estipularam um financiamento de US$100 bilhões aos países mais pobres para que eles possam combater o aquecimento global e a emissão de gás carbônico. Contudo, dados da OCDE mostram que as cifras ficaram perto dos US$79 bi, o que significa que os países não atingiram a meta.

Por isso, espera-se que os países ricos sejam pressionados para contribuir de forma mais forte ao problema. Por outro lado, dados da ONU afirmam que os países que mais poluem são os desenvolvidos, em especial da Europa e no leste asiático. Isso quer dizer que uma pressão maior sobre esses países recairá, também, na forma como eles estão produzindo.

Além disso, assuntos como carros elétricos, formas de mobilidade menos poluentes, desmatamento e demais assuntos serão pauta. Na parte do desmatamento, há uma pressão enorme sobre o Brasil, que teve aumentos recordes de desmatamento no governo Jair Bolsonaro, segundo dados do INPE. Por isso, de acordo com o Valor Econômico, líderes do novo governo da Alemanha buscarão contato direto com o presidente para buscar medidas mais efetivas do Brasil contra essas práticas. Segundo o jornal, os especialistas internacionais “não acreditam” no governo atual. O presidente Jair Bolsonaro não irá à COP26.

E na sua vida, o que pode mudar?

Digamos que a COP26 decida que, a partir do ano que vem, seja proibido produzir carros movidos a combustíveis fósseis. Isso quer dizer que, caso deseje comprar um carro daqui 5 ou 6 anos, provavelmente você se deparará com modelos elétricos.

Além disso, novas formas de produção de energia podem ter um impulso mais forte, o que tiraria a dependência brasileira do ciclo de chuvas para decidir o preço da bandeira da energia elétrica.

Por isso, as decisões tomadas lá podem mostrar como será o futuro. Além disso, na parte dos investimentos, empresas voltadas à sustentabilidade podem ter retornos maiores no futuro, o que acarretaria aumento das cotações das ações, que podem trazer lucros.

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