Ciro Gomes critica a política de privatização da Petrobrás
Em mais uma de suas fortes declarações, o presidenciável Ciro Gomes se manifestou em sua rede social, se colocando contra a privatização da Petrobrás. Para o pedetista, há uma estratégia do governo Bolsonaro de tirar a simpatia do povo à empresa.
Ciro Gomes já se manifestou diversas vezes sobre sua oposição ao modelo do preço dos combustíveis e é simpático ao controle estatal na empresa.
O que disse Ciro Gomes?
Em sua rede social no Instagram, Ciro Gomes fez um vídeo de cerca de 2 minutos criticando a política de privatização do governo Bolsonaro. Isso porque ontem o mercado se deparou com a possibilidade real de isso acontecer. Apesar disso, o presidente já havia afirmado seu desejo de privatizar a companhia.
Ciro começa afirmando que “o que Bolsonaro e Guedes planejam é nada menos que a privatização da Petrobrás”, o que ele acredita ser uma medida errada econômica e politicamente. Ele ainda afirma que o atual governo deseja “tornar a Petrobrás a queridinha dos mercados internacionais” para que, numa posterior venda, consiga arrecadar valores ainda maiores.
Além disso, ele criticou a forma como a companhia calcula os preços do combustível. Isso porque na segunda-feira, 25, a empresa anunciou um novo reajuste, que começou a vigorar na última terça, 26. A essa forma de calcular esse denominou “política assassina” de preços, que fere o bolso do consumidor e cria um discurso falacioso, segundo ele, de que a Petrobrás não pode controlar os preços do combustível. Dessa forma, ele diz que a atual gestão quer “passar a falsa ideia de que a Petrobrás não tem condições de conter os preços e que não tem condições de produzir derivados melhores e mais baratos que o produto estrangeiro”.
O resultado disso, segundo o presidenciável, é um “sentimento de antipatia” do povo brasileiro para com a Petrobrás, o que viabilizaria a venda da empresa numa possível empreitada do governo nessa direção.
As medidas do atual governo
Além disso, Ciro Gomes também criticou a venda de refinarias e subsidiárias por “preços escandalosamente baixos”, o que chamou de uma das “roubalheiras mais silenciosas já praticadas nesse país”. Ainda, segundo ele, o governo vai na “contramão do mundo”, levantando os recentes controles governamentais em suas respectivas estatais nos outros países exportadores de petróleo.
Isso porque com a crise, os governos centrais do mundo passaram a cuidar das petroleiras com maior ênfase. O aumento do preço do Brent no mercado internacional contribuiu para isso. Isso gerou uma forte alta de preços no mundo todo. Inclusive, algumas notícias mostram os valores recordes da gasolina em Portugal, que passou por uma leve escassez de combustível.
Por isso, Ciro Gomes chamou Bolsonaro e Guedes de “traidores da nossa pátria”. Posteriormente, em outro vídeo, o pedetista disse que “se [Bolsonaro e Guedes] venderem [a Petrobrás], eu tomo de volta“.
Com isso, o presidenciável se coloca contra o atual governo e também contra Dória, que já afirmou que venderia a empresa caso fosse eleito. Dentre os maiores nomes até agora, ele é o primeiro a tomar essa posição declaradamente.