Bancos alertam para correções nas bolsas americanas

Nas últimas semanas, grandes bancos de investimentos acreditam na correção forte dos índices das bolsas americanas. Segundo eles, alguns fatores colaboram para a previsão. As instituições, porém, são cautelosas.

Cenário internacional

Depois de um 2020 desastroso para a economia do mundo, a bolsa americana fechou o ano em alta de 16%, mesmo após uma queda de 31,8% no mês de março.

Isso porque temia-se um fechamento total da economia e uma paralisação geral nas indústrias e em toda cadeia produtiva. Essa tese se provou correta posteriormente, mas parece que os investidores não viram.

Depois do tombo, o movimento de subida foi gradual e quase unânime nos fechamentos semanais. E é exatamente esse fato que preocupa.

Virada do ano

Depois da virada do ano, quando parecia que a Covid simplesmente desapareceria, novos surtos passaram ilesos na bolsa.

Isso porque os movimentos semanais continuaram em movimento de subida, com leves correções, às vezes imperceptíveis.

Apesar de uma maior abertura econômica e uma volta gradual às escalas produtivas pré-pandemia, novos casos de coronavírus e o surgimento de variantes prejudicaram os países.

Os Estados Unidos foram um dos principais afetados pela pandemia, ficando em vários momentos na liderança de mortos em números absolutos e relativos.

Porém, mesmo com o surgimento, as expectativas foram mais relevantes que a realidade.

bolsas americanas
[Imagem: Pexels – reprodução]

Onde chegamos agora?

Agora, a bolsa americana conta com uma subida de mais de 20% no ano.

Se somarmos a subida total de 2020 e 2021, tem-se um rendimento de quase 38%.

Por isso, os economistas acreditam que a alta se tornou uma bolha, pois difere – e muito – da realidade econômica não só do país, mas do mundo todo.

A alta é bem diferente da que vemos no Brasil. Desde o início de 2020, o retorno do Ibovespa é de -2,91%. Apesar de parecer de acordo com o momento político do país, no âmbito da economia mundial, as bolsas não deveriam diferir tanto.

É por causa disso que grandes bancos, como Goldman Sachs, Morgan Stanley, Citigroup e Bank of American, passaram a alertar os investidores para as grandes quedas que podem estar por vir.

Apesar da informação, eles alegam que não existe um momento previsível, mas que ele deve ocorrer já nos próximos meses.

Dominic Wilson, do Goldman Sachs, alega que “embora o cenário mais amplo do mercado dos EUA seja sólido em nosso caso central, acreditamos que o pico do otimismo cíclico nos EUA pode ter ficado para trás”, em uma matéria divulgada pelo Valor Econômico.

Além dos alertas, os índices americanos fecharam em queda nessa última semana, aumentando ainda mais os olhares sobre o mercado.

Uma análise do The Washington Post mostra como os índices se comportaram.

Mesmo assim

Apesar de os grandes bancos falarem de uma possível queda das bolsas americanas, o ideal é seguir a estratégia.

Porém, caso o investidor também acredite na queda, pode fazer uma reserva de oportunidade para investir nos ativos no futuro próximo.

Vale lembrar que é possível investir nas bolsas dos EUA através de BDR, ETF e também por corretoras brasileiras que negociam por lá.

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