Trabalhador do comércio sofreu com redução de salário em 2020

O comércio brasileiro sofreu fortes impactos da pandemia da covid-19 em 2020. Além de fechar mais de 400 mil postos formais de trabalho, o setor também viu o número de empresas cair 7,4% no ano. Ambos os números foram recordes, ou seja, o país nunca sofreu uma perda tão grande quanto a de 2020.

A saber, estes dados fazem parte da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (17).

Em resumo, a remuneração total dos trabalhadores do comércio do país chegou a R$ 241,6 bilhões. Por sua vez, o salário médio mensal recou de 1,9 salário mínimo (s.m.), em 2019, para 1,8 s.m.

De acordo com o IBGE, as remunerações mais baixas foram pagas aos representantes e agentes do comércio (1,1 s.m.), ao comércio varejista de produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,3 s.m.) e ao comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho (1,3 s.m.).

“É interessante notar que essa tendência de redução de remuneração do comércio é puxada pelas atividades que pagavam salários mais elevados, como é o caso de combustíveis e lubrificantes, setor que em dez anos teve uma perda bastante significativa (- 2,3 s.m.) e de máquinas aparelhos e equipamentos (-0,7 s.m.)”, explicou a a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana.

“São atividades que empregam bastante gente e pagavam salários mais altos. Por isso acabam puxando essa média para baixo”, acrescentou a pesquisadora.

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Veja as atividades com os maiores salários em 2020

O IBGE também revelou as atividades do comércio brasileiro que tiveram os salários médios mais altos em 2020. Veja abaixo quais foram:

Setor de combustíveis e lubrificantes (5,1 s.m.);
Setor de máquinas, aparelhos e equipamentos, incluindo TI e comunicação (4,1 s.m.);
Setor de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (3,6 s.m.).

Além disso, a pesquisa mostrou que o comércio brasileiro totalizou R$ 4,7 trilhões em receita bruta em 2020. Desse total, o comércio por atacado respondeu por R$ 2,3 trilhões, enquanto o comércio varejista concentrou R$ 2,1 trilhões e o comércio de veículos, peças e motocicletas por R$ 394,3 bilhões.

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