Os brasileiros estão sentindo na pele o aumento das dificuldades financeiras em 2022. De acordo com a pesquisa Perfil do Consumidor, realizada pela Boa Vista, 45% da população acreditam que a situação financeira piorou no primeiro semestre deste ano.
A título de comparação, a taxa havia ficado em 39% no semestre anterior, ou seja, mais pessoas acham que o momento atual é pior que o ano passado.
Em contrapartida, 29% acreditam que a situação financeira está melhor que em 2021. A saber, 33% dos brasileiros tinham essa sensação no segundo semestre do ano passado, mas a taxa recuou na primeira metade de 2022.
Por sua vez, 26% dos brasileiros afirmaram que não viram mudanças em sua situação financeira na passagem entre os semestres. Aliás, a taxa havia ficado levemente superior na segunda metade de 2021, alcançando 28%.
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Veja o quanto os brasileiros comprometem a renda
Além disso, a pesquisa revelou que 58% dos brasileiros tiveram mais da metade da sua renda comprometida com o pagamento de dívidas. A taxa ficou bem semelhante a do semestre anterior (57%), indicando que quase seis em cada dez brasileiros tinham mais da metade da renda comprometida.
Por outro lado, o percentual que corresponde aos brasileiros cujo comprometimento da renda estava entre 25% e 50% caiu entre os semestres (29% para 26%). Assim, 16% dos entrevistados afirmaram que tinham até 25% da renda comprometida com o pagamento de dívidas, taxa superior a do semestre anterior (14%).
Inclusive, pagar as contas continua difícil para a maioria dos brasileiros. Segundo a pesquisa, 71% das pessoas afirmaram que está cada vez mais complicado pagar as contas, contra 70% no semestre anterior.
Veja abaixo quais foram as principais despesas dos brasileiros no primeiro semestre de 2022:
Cartão de crédito;
Contas de serviços básicos (água e luz);
Contas de TV a cabo, internet e telefone fixo;
Contas de telefone celular;
Empréstimo pessoal;
Cartão de loja;
Alugue;
Condomínio.
Por fim, essa pesquisa ouviu 1,5 mil pessoas em todo o Brasil através de questionários eletrônicos por todo o primeiro semestre de 2022. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o levantamento tem 95% de grau de confiança.
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