A Selic vai diminuir? Especialistas indicam o rumo futuro da taxa

Conforme os especialistas, a taxa Selic passará por alterações. Saiba qual poderá ser o destino dessa taxa de juros fundamental!

Selic – Na segunda-feira (03 de junho), o Banco Central do Brasil (BC) liberou os dados da sua pesquisa Focus, que fornece um panorama da visão dos especialistas sobre a política monetária. Segundo o estudo, prevê-se que a taxa Selic chegue a 12% até o final de 2023.

Antes, a projeção dos analistas era que a taxa de juros básica terminasse o ano em 12,25%. Portanto, diante da nova conjuntura econômica, os especialistas antecipam um percentual ainda mais baixo que o previsto anteriormente.

Ademais, os analistas da Focus também sugerem que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terá um crescimento de menos de 5% neste ano. Sendo assim, esta revisão nas estimativas aponta um cenário mais promissor no que tange ao controle da inflação no Brasil.

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A taxa Selic continua em 13,75%, porém o BC indica uma iminente redução

Existia uma perspectiva generalizada de um declínio na taxa na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) — o órgão do BC encarregado de ajustar a taxa Selic. No entanto, o BC decidiu manter o percentual em 13,75%, conforme revelado na ata da reunião.

Porém, o BC sinalizou a possibilidade de um alívio monetário “parcimonioso” na próxima reunião, programada para agosto. “Parcimonioso” neste contexto significa que a redução será feita de maneira cautelosa e gradativa, com ajustes precisos na política monetária.

Tal estratégia visa equilibrar a meta de incentivar a economia. A parcimônia também se destina a controlar a inflação, uma vez que o BC precisa levar em conta vários fatores que impactam a economia, como o nível de atividade, a progressão dos preços e as expectativas do mercado.

Projeções de Inflação: As estimativas passaram por revisão

As projeções de inflação sofreram ajustes e apontam para uma diminuição nos índices previstos. Segundo as estimativas atuais, a inflação esperada é de 4,98% em 2023, 3,92% em 2024, 3,60% em 2025 e 3,50% em 2026.

Quando comparadas ao estudo anterior, que apresentava as previsões de 5,06%, 3,98%, 3,80% e 3,72% respectivamente, é notável uma tendência de queda da inflação nos próximos anos.

Quem se beneficia com a queda da Selic?

Embora o Banco Central possa iniciar os cortes em agosto, os efeitos de uma taxa de juros mais baixa só devem começar a se manifestar na economia entre 12 e 18 meses.

Isso significa que o impacto de uma Selic mais baixa só deve se tornar perceptível no final de 2024.

De início, o impacto nas famílias será pouco notado. Nos primeiros três meses, ver-se-á nos custos de empréstimos e financiamentos. Em até dois anos, os efeitos tornam-se mais evidentes, em razão do fortalecimento da economia e do retorno de investimentos das empresas e novos negócios.

No entanto, no mercado financeiro, essa transição de juros é prevista antecipadamente. Basicamente, antes mesmo da realização do corte, esses efeitos já são sentidos com o fortalecimento dos ativos de renda variável. Assim, entre os ativos de bolsa, os setores de educação, varejo, shopping centers, habitação, além dos fundos imobiliários, devem ser os mais beneficiados.

Os setores com maior dependência de crédito, como o de automóveis, eletrodomésticos e construção civil, devem se beneficiar mais dos juros do que setores menos sensíveis ao ciclo econômico, como o setor elétrico.

Entendendo a Selic e seu papel no panorama econômico

Em termos simples, a taxa Selic, que é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa de juros básica da economia brasileira. Estabelecida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, ela serve como um parâmetro para várias transações financeiras, como empréstimos, financiamentos e investimentos.

A taxa Selic tem um papel crucial no controle da inflação em uma economia, uma vez que regula o fluxo de oferta e demanda. Quando o Banco Central aumenta a Selic, o custo do crédito se eleva, o que inibe o consumo e reduz a demanda por bens e serviços. Dessa forma, essa ação ajuda a conter o crescimento dos preços, mantendo a inflação sob controle. Logo, a taxa Selic é uma das principais ferramentas de política monetária no Brasil.

 

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