Selic, o que muda no mercado com a nova alta?

O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central, voltou a se reunir no dia (04) e decidiu pelo aumento da taxa Selic para 13,5% ao ano. Esse aumento era esperado pelo mercado quase que como um todo,  e se apresenta como o décimo segundo aumento consecutivo.

Com isso, o Banco Central está tentando frear o aumento da inflação, que se encontra no acumulado de 12 meses em 11,89%. Nesse sentido, vamos entender o impacto desse mais recente aumento no mercado como um todo e nos investimentos em geral. 

Consumo mais caro tem provocado aumento nas taxas de juros

A escalada de preços nos combustíveis, alimentos e energia trouxeram a inflação para patamares bastante altos, fazendo com que o índice tenha se distanciado da meta proposta pelo conselho monetário nacional.

Nesse sentido, como órgão responsável por atingir esse objetivo, o Banco Central vem aumentando a taxa básica de juros da economia há um tempo, sendo este o décimo segundo aumento consecutivo promovido pela autoridade monetária. 

Além disso, o ciclo de alta de commodities contribuiu para que os preços não apenas no Brasil, mas em todo mundo aumentassem, provocando choques generalizados de inflação. Outro ponto importante é que a Guerra na Ucrânia provocou escassez de grãos devido a problemas de exportação, isso também tem influenciado no aumento da inflação. 

Impacto da Selic no Mercado

O impacto desses aumentos seguidos vem sendo notado e é bastante notório. A medida que as taxas de juros aumentam, torna-se pouco interessante manter os investimentos em renda variável, o que provoca uma migração de muitos investidores para a renda fixa. 

Outro fator importante que ocorre, é a redução de investimentos por parte do empreendedor que se vê menos incentivado a correr riscos diante de um crédito mais caro e uma recompensa mais interessante em aplicações atreladas ao referencial de juros básico CDI. 

Com isso, é de esperar que esse forte fluxo financeiro se concentre em ativos de renda fixa, fazendo com que as aplicações atreladas à taxa de juros tenham maior volume de concentração, enquanto ativos de risco se tornam menos procurados. 

Impacto da Selic para a caderneta de Poupança

É importante lembrar também que a partir de 8,5% da taxa de juros básica, a poupança passa a render pela regra antiga. Com isso, podemos dizer que a mesma nesse cenário possui rendimento fixo de 0,5% ao mês, ou 6,17% ao ano, somados claro, a TR que atualmente se encontra zerada. 

Se consideramos que a partir de 8,5% a Caderneta fica limitada aos 0,5% ao ano, então, podemos dizer que a cada novo aumento, o impacto é negativo para a poupança, dado que esse limite provoca ainda menos rentabilidade quando comparamos a poupança com outros produtos financeiros atrelados a taxa de juros básica (Selic). 

O Tom ameno não surpreende

Bom, o tom foi considerado “Dovish” indicando que estamos próximos do fim do ciclo de altas. Contudo, um eventual aumento em magnitude menor, provavelmente algo em torno de 0,25% será considerado. 

Nesse sentido, é provável que na próxima reunião, tenhamos esse aumento residual, o que fará com que a taxa de juro básica (Selic), alcance 14% ao ano. Este é um valor de taxa de juros bem elevado, se lembrarmos que há menos de 2 anos, estávamos batendo o recorde histórico de 2% ao ano na taxa de juros básica. 

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