Selic mais alta encarece o crédito no Brasil; consumidor deve ficar atento

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou nesta quarta-feira (15) a taxa básica de juro da economia pela 11ª vez consecutiva. Com isso, a taxa Selic passou de 12,75% ao ano para 13,25% ao ano, maior patamar desde dezembro de 2016. E quem mais deverá sofrer com mais essa alta será o brasileiro.

Segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o aumento dos juros no país vai encarecer o crédito e as prestações. Em resumo, o juro médio para as pessoas físicas passará de 117,23% para 118,21% ao ano. Já a taxa média para as pessoas jurídicas subirá de 56,57% para 57,29% ao ano.

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Veja exemplos de como os juros afetam a vida do brasileiro

Para ficar mais claro para a população, uma pessoa que compra uma geladeira de R$ 1,5 mil e divide o valor em 12 prestações, pagará R$ 0,38 a mais por prestação, totalizando R$ 4,62 no valor final do produto.

Outro exemplo se refere ao cheque especial. A saber, o consumidor que entra nessa modalidade com R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.

Vale destacar que os juros mais altos encareceram as prestações. Por exemplo, o uso de R$ 3 mil no rotativo do cartão de crédito por 30 dias resultará em uma alta de R$ 1,20 no valor. Já um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,82 no valor total.

Contudo, quem mais sofrerá com a alta da Selic são os brasileiros que optarem por financiar bens mais caros e que possuem muitas prestações. No financiamento de um automóvel que custa R$ 40 mil e tem 60 prestações, o consumidor pagará R$ 669,47 a mais ao final do financiamento.

Isso mostra que o cidadão precisa tomar cuidado para não sofrer com a alta dos juros. Por isso, o mais indicado é fazer cálculos, considerando a nova taxa da Selic, que não para de subir no país. Aliás, o Copom afirmou que deverá elevar novamente os juros em agosto.

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