Reserva de emergência: o que é e como funciona
A reserva de emergência é o primeiro passo para uma vida financeira saudável. Apesar disso, ela é o passo mais esquecido pelos investidores, que acreditam que ir direto para a renda variável seja um excelente negócio. Apesar disso, investir sem ter a reserva pronta pode ser um dos maiores erros.
A imprevisibilidade do mercado no curto prazo aliado à falta de planejamento são os principais motivos que fazem os investidores fracassarem na hora de investir.
Reserva de emergência antes de tudo
Antes de começar a estudar ações, fazer análises fundamentalistas, ter cenários econômicos futuros na cabeça ou qualquer outra coisa de glamour no mercado financeiro, é preciso ter uma reserva de emergência. Ela que vai salvar você dos perrengues que a vida dá.
Por isso, a reserva de emergência é um dinheiro que servirá para você pagar um cano que quebrou, um ajuste no carro que quebrou ou, ainda, problemas de saúde que podem – e vão – acontecer no meio do caminho. Para isso, é importante que você veja a liquidez dos ativos e não saia buscando apenas os rendimentos maiores.
Dessa forma, os prazos de resgate dessa reserva de emergência devem ser bastante baixos. Para isso, contas digitais, fundos de investimentos de baixa liquidez e Tesouro Selic são excelentes ferramentas para a sua reserva. Isso porque eles têm prazos baixos de liquidez, além de terem os rendimentos atrelados ao CDI.
Com isso, você descarta fundos que tenham mais de 2 dias de resgate. Isso porque, como o próprio nome diz, você vai precisar de dinheiro para emergências, ou seja, acontecimentos que não podem esperar. E, sim, é bastante simples de fazer uma reserva, basta saber os valores que você precisa guardar.
O quanto eu preciso?
Para ter uma reserva de emergência, você precisa ter algo entre 3 e 6 meses do valor do seu custo de vida guardado nesses ativos de baixa liquidez. Isso porque com esse dinheiro em bons investimentos, você pode ter a tranquilidade de, caso algo ocorra, você tem fácil resgate.
Apesar disso, muitos investidores se confundem. A conta básica que fazem é multiplicar o salário por 6 e ter o valor. Está correto? Sim, mas não serve para todos. Isso porque autônomos não têm salários. Dessa forma, utilizar o custo de vida seria a forma mais correta. Além disso, se o seu custo de vida aumentar, o que é normal, você precisará aumentar a sua reserva de emergência também.
Dito isso, você investirá os valores mensalmente e gradativamente terá mais e mais dinheiro guardado. É importante lembrar que isso é um processo e, sim, pode demorar. Mas o mais importante nessa hora é guardar dinheiro todos os meses, sem falta. Com isso, além de ter uma maior tranquilidade, a partir da sua reserva de emergência você cria o hábito de investir sempre.
Com isso, você acaba “pagando a si mesmo” todos os meses e, no longo prazo, colherá bons frutos desse novo comportamento. Por isso, lembre-se de não pular a reserva de emergência: ela é o investimento mais importante de todos.