Renda média de 25% da população das metrópoles é de R$ 303

Os brasileiros estão sofrendo com o aperto financeiro nos últimos tempos. A pandemia da covid-19 provocou a perda de milhões de empregos e elevou a inflação no país. A questão sanitária está menos grave devido às vacinas, mas a econômica permanece bastante debilitada. E o principal efeito desse cenário é a redução da renda da população.

A saber, a renda média dos mais pobres caiu no primeiro trimestre deste ano, após cinco trimestres de recuperação. Em resumo, 25,2% da população que reside nas regiões metropolitanas do país possui uma renda de R$ 303 por pessoa. Isso quer dizer que o rendimento médio per capita para um em cada quatro brasileiros é de apenas 1/4 do salário mínimo.

Com o acréscimo desse resultado, o país agora tem 21,1 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade nas metrópoles. No quarto trimestre do ano passado, o percentual havia recuado para 23,6%.

Apesar do avanço trimestral, o resultado é inferior ao percentual registrado na fase mais aguda da pandemia no país. Em suma, 29,7% da população das metrópoles tinha um rendimento de até 1/4 do salário mínimo no terceiro trimestre de 2020.

Estes dados fazem parte de um estudo produzido por pesquisadores da PUC-RS, do Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), a partir dos dados da PNAD Contínua trimestral do IBGE.

Inflação agrava cenário e corrói renda dos brasileiros

No Brasil, a população sofre com taxas elevadas de inflação, juros e desemprego. Na verdade, a pandemia pressionou os preços de bens e serviços em todo o mundo, ao mesmo tempo em que afetou a renda de milhões de pessoas. E, para conter a alta inflacionária no país, o Banco Central (BC) já elevou a taxa básica de juro da economia 11 vezes consecutivas.

Aliás, nesta quarta-feira (15), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa Selic, que chegou a 13,25% ao ano, maior patamar desde dezembro de 2016. Em síntese, o principal efeito dessa elevação é o aumento dos juros e o encarecimento do crédito no país, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia.

Como os juros estão muito altos, o custo de vida também sobe no Brasil. Em outras palavras, o real perde poder de compra e os brasileiros passam a comprar cada vez menos com o dinheiro que possuem.

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