Quatro em cada dez brasileiros adultos estão INADIMPLENTES

A população brasileira continua sofrendo para pagar as contas em dia no país. A saber, 39,41% dos brasileiros adultos estavam com o nome sujo em agosto deste ano. Em outras palavras, quatro em cada dez brasileiros tinham dívidas atrasadas, o que corresponde a 63,71 milhões de pessoas.

Os dados fazem parte da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com o levantamento, o volume de contas atrasadas cresceu 10,13% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2021. Já em relação a julho, a alta foi de 0,78%.

“Alguns índices no cenário macroeconômico tiveram melhora, como aumento do PIB, diminuição do desemprego e liberação de retroativos de auxílio emergencial, mas a inflação alta, especialmente com relação aos alimentos, continua impactando no orçamento das famílias”, disse o presidente da CNDL, José César da Costa.

“Por outro lado, estamos próximos das contratações de final de ano e do pagamento do 13º dos trabalhadores, o que geralmente traz alívio para o bolso dos endividados”, ponderou César da Costa.

A pesquisa também revelou que a faixa etária de 30 a 39 anos teve a participação mais expressiva entre os devedores do país (24,03%). Nessa faixa etária, a divisão de negativados por gênero ocorreu da seguinte forma: 50,88% de mulheres e 49,12% de homens.

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Valor médio das dívidas supera R$ 3,6 mil

Segundo o levantamento, a média das dívidas dos negativados chegou a R$ 3.630,64 em agosto. Aliás, 34,41% dos consumidores tinham dívidas com um valor de até R$ 500. O percentual chegou a 49,24% em relação às dívidas de até R$ 1 mil.

O levantamento ainda revelou que o setor de bancos concentrou o maior número dessas dívidas, respondendo por 60,50% do total. Em seguida, ficaram os setores de comércio (13,13%), água e luz (10,60%) e comunicação (8,72%).

“Os bancos oferecem diversas linhas de crédito, mas aquelas de mais fácil acesso costumam ser também as mais caras”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

“Por isso, quando as contas não estiverem mais cabendo no orçamento, a orientação é procurar linhas de crédito mais baratas, ainda que isso signifique se deslocar até uma agência bancária ou falar com o gerente da conta”, alertou.

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