Prêmio Nobel de Economia vai para pesquisa sobre o mercado de trabalho
Foi anunciado nesta segunda-feira (11) os vencedores do Prêmio Nobel de Economia, que esse ano fica com David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens.
Os pesquisadores foram premiados pelo uso de experimentos naturais (situações da vida real para calcular seus impactos no mundo) para entender as relações de causa e efeito em áreas como mercado de trabalho e educação.
Essa abordagem dos economistas acabou se estendendo para outras áreas e revolucionou as pesquisas de campo pelo mundo.
Veja as principais contribuições de cada estudo premiado:
- David Card: efeitos do salário mínimo, da migração e da educação no mercado de trabalho.
- Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens: uso de metodologia para entender o efeito de um ano a mais na escola para os estudantes.
De acordo com a Real Academia de Ciências da Suécia, “os economistas revolucionaram a pesquisa empírica nas ciências sociais e melhoraram significativamente a capacidade da comunidade de pesquisa de responder a perguntas de grande importância”.
David Card recebeu o prêmio por suas contribuições empíricas para a economia do trabalho. Já Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens foram laureados por suas contribuições metodológicas para a análise das relações de causa e efeito.
Os pesquisadores receberão um prêmio em dinheiro de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão) – metade vai para David Card e a outra metade será dividida entre Joshua Angrist e Guido Imbens, porque a premiação é pelo estudo.
O prêmio
O prêmio de Economia, oficialmente chamado de “Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel”, foi criado em 1968 e concedido pela primeira vez em 1969.
A homenagem não fazia parte do grupo original de cinco prêmios estabelecidos pelo testamento do industrialista sueco Alfred Nobel, criador da dinamite. Os outros prêmios Nobel (Medicina, Física, Química, Literatura e Paz) foram entregues pela primeira vez em 1901.
O Nobel de Economia é o último concedido este ano. Os prêmios de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz foram anunciados na semana passada.
Embora seja o prêmio de maior prestígio para um pesquisador em economia, o prêmio não adquiriu o mesmo status das disciplinas escolhidas por Alfred Nobel em seu testamento de fundação (Medicina, Física, Química, Paz e Literatura) – seus detratores zombam dele como um “falso Nobel” que representa economistas ortodoxos e liberais.