Os brasileiros têm enfrentado sem cessar uma alta nos preços dos combustíveis a cada semana. As subidas condicionadas pela variação do dólar e do preço internacional do petróleo fazem com a gasolina e o óleo diesel sofram aumentos. Mas, e o etanol?
O derivado da cana-de-açúcar também vem apresentando alta em diversos lugares. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o último reajuste foi de 5,07% em comparação à semana passada.
e acordo com um levantamento da Ticket Log, a média de preço do combustível é de R$ 5,449 no Brasil (dados do mês de outubro). O registro aponta ainda que o último mês de média baixa dos preços aconteceu em abril. Desde então, o etanol ficou 19% mais caro.
Subida do etanol
Mas se o preço do etanol não está associado ao petróleo, por que e ele tem sofrido tantos aumentos? A resposta para essa pergunta pode ser encontrada em uma soma de inúmeros fatores.
O primeiro deles, como pontua a diretora da rede Ticket Log, é que o etanol sempre acompanha os aumentos da gasolina. Segundo ela, toda vez que o combustível sobe, o etanol também fica mais caro para regular o mercado. O principal motivo é garantir um equilíbrio dos estoques.
A valorização de outro derivado da cana-de-açúcar em decorrência do dólar também contribui para a alta do álcool. Estamos falando do açúcar. Na prática, o produtor opta por fabricar o produto em detrimento do etanol.
Já diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, justifica a alta dos preços no conceito básico de oferta x demanda. “A principal questão é que a oferta é menor do que a demanda e isso é o que tem feito subir o preço do etanol”, disse.
Por fim, é preciso levar em consideração as interferências climáticas, com secas prolongadas e falta de chuva, que prejudicaram a produção de cana-de-açúcar em 2021.
