População desalentada no Brasil cai para 4,5 milhões em abril

O Brasil sofreu com os fortes impactos provocados pela pandemia da Covid-19. A crise sanitária afetou diversas atividades econômicas e provocou a perda de milhões de empregos no país. E um dos maiores desafios para o mercado de trabalho foi o crescimento da população desalentada, especialmente em 2020.

De lá pra cá, o indicador vem se recuperando gradativamente. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, o país tinha 4,5 milhões de desalentados no trimestre móvel de fevereiro a abril deste ano.

A saber, o número caiu tanto na comparação trimestral quanto na anual. Em resumo, o país tinha 303 mil desalentados a mais no trimestre de novembro de 2021 a janeiro de 2022. Já em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2021, a queda chegou a 24,6% (menos 1,5 milhão de pessoas).

Segundo o IBGE, a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:

Não conseguia trabalho;
Não tinha experiência profissional;
Era muito jovem ou muito idoso;
Não encontrou trabalho na localidade onde mora;
Não teria condições de assumir a vaga caso conseguisse o trabalho.

Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.

Veja mais detalhes da pesquisa do IBGE

A PNAD também mostrou que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 4,0% entre fevereiro e abril deste ano. Na comparação trimestral houve queda de 0,3 ponto percentual (4,3%), enquanto o nível caiu 1,5 ponto percentual na base anual (5,4%).

Em suma, a melhora dos dados em relação a 2021 indica que o mercado de trabalho do país continua se recuperando. A decretação da pandemia em março de 2020 agravou os números da população desalentada, e os desafios não deram trégua em 2021.

No ano passado, houve recordes de casos e mortes provocados pela Covid-19 devido à variante Delta. Já no início deste ano, a variante Ômicron fez os casos explodirem, mas a vacinação se mostrou eficaz e o quantitativo de óbitos não cresceu no mesmo ritmo.

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