PicPay libera função para usuários consultarem se estão com nome limpo
O PicPay liberou uma nova funcionalidade para seus usuários, permitindo agora que eles possam conferir se o seu nome está limpo ou registrado em eventuais dívidas. Outro benefício é que ele ainda pode ser alertado no celular caso haja alguma análise suspeita ou pendência. A Consulta de CPF é uma parceria com a Boa Vista, que verifica débitos registrados no banco de dados do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
A nova função está sendo liberada gradativamente para grupos específicos de clientes. O PicPay também destaca que a função de consulta do CPF pode servir como uma ferramenta de segurança para o usuário, pois pode ajudá-lo a checar indícios de fraude e assim evitar prejuízos financeiros ou ser classificado como inadimplente por uma dívida que não cometeu.
A funcionalidade faz parte da integração dos serviços do Guiabolso, adquirido pela companhia no final de julho, e fortalece os objetivos do PicPay, aplicativo mais famoso de pagamentos do país, de tornar a vida dos brasileiros mais fácil. A ferramenta ainda complementa os serviços disponíveis na carteira, como pagamento de contas, compras com QR Code, transferências via Pix e para outros usuários (peer-to-peer), cadastro de cartões de crédito, entre outros.
Média de dívidas do brasileiro é de R$ 4 mil
De acordo com dados levantados pela Serasa Experian no mês de março, a média nacional de dívidas entre os brasileiros é de R$ 4 mil. Esse valor aponta uma estabilidade em comparação com fevereiro, mas aumentou quase 3% ao comprar com abril de 2020, primeiro mês de pandemia e isolamento social.
Já o número de pessoas sem o nome limpo (inadimplentes) no Brasil passou dos 65 milhões de pessoas. Além disso, a soma das dívidas de todos os brasileiros chegou a R$ 265,8 bilhões. Esse valor é R$ 7,5 bilhões a mais do que o valor registrado no pico da pandemia.
O levantamento realizado pelo Serasa Experian também apontou paridade entre o perfil de endividados, com as mulheres representando 50,2%, enquanto os homens correspondem a 49,8%. Já em relação à faixa etária dos inadimplentes, 35,2% possuem entre 26 e 40 anos de idade.
Ainda segundo a Serasa Experian, os maiores responsáveis por essas dívidas são os empréstimos e os cartões de crédito, responsáveis por 28,17%. As contas básicas, como de água e luz, surgem na sequência, com 23,21%. Em terceiro lugar vêm as lojas de departamento, de roupas e o varejo em geral, com 12,62%.
Empréstimo para quem tem nome sujo
A Caixa Econômica Federal abriu uma nova linha de crédito para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEI) que exerçam atividade produtiva com renda ou receita bruta anual de até R$ 360 mil, valendo até para quem não tem o nome limpo.
Pessoas físicas podem ter acesso a empréstimos de até R$ 1 mil, enquanto MEIs chegam até a R$ 3 mil. A iniciativa poderá contemplar aproximadamente 4,5 milhões de trabalhadores nestes primeiros 12 meses de lançamento do programa.
Para pessoa física, o empréstimo estará fixado no valor de R$ 1 mil, com taxa de juros mensal a partir de 1,95% ao mês e 24 meses para pagar. Para conseguir o valor, não será necessário muita burocracia, uma vez que a contratação poderá ser feita diretamente pelo aplicativo Caixa Tem, bastando concordar com os termos do empréstimo e aguardar até sete dias para análise.
Já o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital) terá uma grande oportunidade para que microempreendedores individuais contratem o empréstimo de até R$ 3 mil, que poderá ser dividido em 24 parcelas mensais. Os juros chegam a patamares a partir de 1,99% mensal.
É importante destacar que o valor deverá ser utilizado para o negócio do trabalhador, para aumento do capital de giro, compra de insumos ou investimentos em equipamentos e utensílios que favoreçam o aumento da produção na atividade do trabalhador.
Segundo informações da Caixa, no ato da contratação, o usuário deverá realizar uma declaração de uso da quantia disponibilizada, por meio de um quiz interativo sobre educação financeira e uso consciente do crédito liberado (R$ 1 mil a R$ 3 mil).