Nubank realiza demissões após o fechamento de 296 vagas

De acordo com a instituição bancária, algumas funções e posições foram eliminadas como resultado de um novo modelo estabelecido para a área, que tornou certas funções "redundantes".

O Nubank, amplamente favorito entre as instituições bancárias digitais, emitiu uma declaração sobre alguns cortes que causaram surpresa e até mesmo alarme entre os usuários do famoso cartão roxo. Segundo a companhia, essas reduções são resultado de um processo de reorganização em sua área de operações.

Na quarta-feira (7 de janeiro), o Nubank revelou o desligamento de 296 colaboradores. A instituição confirmou que as reduções ocorreram no departamento de Operações no Brasil, que agora unificará duas equipes sob uma gestão integrada de todos os produtos e serviços.

O banco esclareceu que, como resultado da reestruturação, “algumas funções e cargos tornaram-se redundantes”. Paralelamente às demissões, outros membros da equipe foram “realocados internamente”.

Nubank
Foto: Divulgação

Embora o Nubank esteja passando por um momento favorável, tanto operacionalmente quanto no mercado, com um aumento de 65% em suas ações este ano – sendo 30% apenas no mês passado, esta demissão é a mais significativa anunciada pela empresa nos últimos tempos.

Em janeiro, o banco digital dispensou 40 colaboradores e fechou sua divisão de consultoria de investimentos, e foram relatadas outras demissões pontuais nos meses seguintes. Atualmente, a companhia conta com aproximadamente 8 mil funcionários.

Em nota, o banco declarou que os departamentos de operações, anteriormente separados por produto, agora serão unificados.

Em resposta às recentes demissões, o Nubank esclareceu as medidas tomadas e como isso afetará os clientes.

Em um comunicado oficial sobre as demissões, o Nubank afirmou: “Informamos aos funcionários afetados sobre a decisão de desligamento, agradecemos pelo trabalho prestado e oferecemos um pacote de benefícios.

Isso inclui salários adicionais conforme o tempo de serviço, extensão temporária do plano de saúde e um fundo de apoio para reinserção no mercado de trabalho. As mudanças ocorrem em funções administrativas e não afetarão o serviço final ao cliente”.

Quanto à situação atual do banco, os recentes cortes acontecem em um momento de prosperidade para o Nubank, contrastando com um panorama difícil para empresas de tecnologia e startups.

Enquanto fintechs enfrentam a escassez de financiamento devido às altas taxas de juros no Brasil e nos EUA, o Nubank goza de um momento operacional excepcional, lucrando e competindo em valor de mercado com os gigantes do setor bancário brasileiro.

Ao completar dez anos de existência, o CEO do Nubank, David Vélez, enfatizou que o banco consegue se auto-financiar, sem mais depender de capital de risco, comum para startups.

Entretanto, o crescimento permanece como prioridade, com foco na expansão das operações no México. Como parte da estratégia de crescimento no Brasil, na semana passada, o banco lançou uma campanha de marketing inédita em parceria com o Jornal Nacional da TV Globo.

Histórico da Nubank

A trajetória do Nubank teve início em maio de 2013, concebida pelos fundadores David Vélez, de origem colombiana, Edward Wible, americano, e a brasileira Cristina Junqueira. A empresa foi criada com a missão de simplificar a vida financeira das pessoas através de um banco digital menos burocrático, sem tarifas mensais ou anuidades e sem a necessidade de agências físicas.

A partir daí, a fintech experimentou um crescimento avassalador: em apenas 8 anos, acumulou mais de 40 milhões de clientes, tornando-se a fintech líder na América Latina e uma das startups mais valiosas globalmente.

O início de 2020 marcou a primeira aquisição de outra empresa pelo Nubank em toda a sua existência, seguida por mais quatro acordos. Tais ações evidenciam uma tendência empreendedora de adquirir empresas para ampliar seu portfólio, seja em termos de produtos ou serviços.

Em novembro de 2021, o Nubank adquiriu a Olivia, uma startup especializada em inteligência artificial e gestão financeira, visando ampliar a oferta de produtos para seus clientes. Segundo o banco, “A aquisição da Olivia permite que o Nubank integre a plataforma e os serviços da Olivia, além de incorporar competências estratégicas em ciência de dados e uma equipe de tecnologia altamente qualificada. Isso nos possibilitará continuar a desenvolver e fornecer novos produtos, ampliando o empoderamento de nossos clientes”.

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