Leilão do 5G: ofertas surpreendem Anatel; Oi fica de fora

A Anatel informou ao mercado que 15 participantes se inscreveram para o leilão do 5G. O leilão, que ocorrerá no dia 4 de novembro, contará com grandes nomes do mercado, como Claro, Vivo, Tim. A Oi ficou de fora

Contudo, alguns ajustes ainda são necessários antes do leilão. A Anatel também levanta a possibilidade de o evento ocorrer durante dois dias.

Um dos mais aguardados do ano

O leilão do 5G é um dos eventos mais aguardados no ano e dará, aos cofres públicos, boas somas de dinheiro para financiar projetos de telecomunicação e outras áreas. Com isso, a surpreendente entrada de empresas no leilão pode superar as estimativas.

Isso porque das 15 empresas que entraram, 10 podem se tornar novas linhas de telefone e de internet no país. Com isso, é possível que, caso uma dessas empresas ganhe o leilão, sejam abertas novas vagas de emprego, o que é bom para o país.

Dentre as empresas que estão no leilão, Claro, Tim e Vivo devem disputar as linhas de maior frequência para ganhar mercado na internet. Com isso, os serviços de telefonia dessas companhias seria mais rápido e eficiente. Além disso, quem ganhar as linhas tem grande poder diferencial no mercado, se tornando a liderança no segmento.

Com a saída da Oi do leilão, os quatro lotes do 5G serão distribuídos de forma desigual. Isso porque a Anatel desenhou o modelo quando as 4 companhias atuavam no mercado. A saída da Oi representa que uma das três que sobraram levará dois lotes. Contudo, os valores e as localidades concorridas ainda não foram divulgados.

Além disso, algumas outras com maior abrangência, mas de velocidades menores, atrairão os olhos de algumas empresas. Com isso, a expansão da internet para áreas mais afastadas dos centros pode ficar facilitada após o leilão.

leilão 5G Oi
Foto: Paulo Whitaker/Reuters/VEJA

Porque a Oi ficou de fora?

A Oi passa por um processo interno de reestruturação e, agora, passa de telefonia para fornecedora de materiais. Com isso, ela volta a focar menos nos planos de telefonia e passa a alugar sua estrutura de cabos, malhas de energia e de telefonia em geral.

Dessa forma, esperava-se que a empresa entrasse no leilão para ter um aumento de demanda de infraestrutura. Dessa forma, caso arrematasse lotes, a companhia alugaria por valores acima do mercado, o que poderia beneficiá-la. Contudo, a empresa ficou de fora.

Em recuperação judicial desde 2016, a Oi agora passa a focar nos cabos de internet e fibra ótica de alta velocidade, de modo a atender um público maior, cobrando preços menores. Com isso, a empresa busca sair do vermelho e voltar a ter o tamanho e a saúde que tinha antes.

As ações da Oi (OIBR3/OIBR4) passam por um momento de dificuldade na bolsa. As incertezas do mercado voltaram, após um período onde a empresa parecia que sairia da crise. Essa perspectiva futura fez os papéis subirem à casa dos R$2,00. Contudo, as notícias e os andamentos dos processos fazem os investidores acreditarem que a empresa ainda não é sólida o suficiente. Por ficar de fora do leilão, as ações da empresa caíram quase 4% no pregão desta quinta-feira (28), cotadas a R$0,91, aproximadamente.

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