Inflação dos Estados Unidos sobe, mas adia recessão

Os dados da inflação nos Estados Unidos até animaram os economistas, mas não foram suficientes para fazer as bolsas subirem. Pela manhã, o índice PCE, comparado ao IPCA no Brasil, informou que os preços subiram, em média, 0,3% na principal economia do mundo. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, que era de 0,4%.

Mesmo com a inflação mais baixa, economistas ainda dizem que a recessão econômica virá. Contudo, os dados do mês mostram que ela pode chegar depois do previsto. Além disso, há um receio sobre o crescimento global, que preocupa os grandes investidores.

Inflação subiu menos, mas não agradou tanto assim

A inflação nos Estados Unidos seguiu a tendência de alta. Com o resultado do mês, o índice anual de aumento de preços alcançou a marca de 6,3%. O índice pode até parecer comum para a economia brasileira, mas para a americana isso é um sinal grave de que as coisas não vão bem. Além disso, o PCE é importante para as decisões do FED, o banco central americano, sobre a taxa de juros na economia.

Na prática, quanto maior for a inflação nos Estados Unidos, mais o FED sobe as taxas de juros. O resultado é uma desaceleração global da economia, dado que a maior parte do planeta depende dos americanos para alguma coisa. Com isso, os dados de lá afetam a economia brasileira também. Diante disso, com a inflação mais alta por lá, a tendência é que o FED aumente ainda mais os juros, o que aumenta a cotação do dólar e cria uma recessão na economia de todo o planeta.

Além disso, chama o fato de que a inflação veio acompanhada de uma diminuição das compras por lá. Segundo o PCE, os gastos dos consumidores em maio desaceleraram acima do previsto por economistas, o que mostra que o aumento de juros já tem efeitos, mas ainda não refletem nos índices.

Foto: Reprodução

A recessão ainda é uma realidade

Como falamos anteriormente, a inflação segue em alta, o FED deve aumentar ainda mais os juros e a economia entrará em recessão. Contudo, o índice veio abaixo da previsão do mercado. Com isso, existe a possibilidade de que a recessão aconteça a partir da metade do ano que vem, caso o ritmo siga o mesmo do mês passado.

Isso porque com uma inflação menor, o FED pode aumentar menos os juros na economia americana. Isso dá espaço para que empresas e pessoas tenham alguma atividade econômica e haja, mesmo que menor, alguma geração de emprego. Com isso, as pessoas podem demorar um pouco mais para sentir a desaceleração da economia. Segundo gestores da Verde Asset, isso pode ser prejudicial, dado que, na visão do fundo, quanto mais rápido a economia afundar, mais rápida será a recuperação.

O resultado da inflação refletiu nos índices de ações dos Estados Unidos. Hoje, 30, o índice Nasdaq operou em queda de 1,33%, enquanto o S&P 500 caiu 0,88%. No Brasil, o Ibovespa caiu 1,08% e viu o dólar fechar o mês em alta de 10%, cotado a R$5,25.

O post Inflação dos Estados Unidos sobe, mas adia recessão apareceu primeiro em Brasil123.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.