Inflação ao produtor e ao consumidor cai em agosto, diz FGV

Os consumidores do Brasil conseguiram encontrar preços mais acessíveis em agosto, pelo menos em parte dos produtos. A saber, a inflação não só ao consumidor, mas também ao produtor, caiu no mês passado devido à redução nos preços de importantes itens.

Em primeiro lugar, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,65% em agosto, na comparação com julho, quando os preços subiram 0,57%. Isso aconteceu devido ao subgrupo alimentos processados, cuja taxa recuou de 1,52% para -0,90%.

Além disso, “importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, explicou o coordenador dos índices de preços, André Braz.

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Inflação ao consumidor também recua em agosto

Da mesma forma, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu em agosto (0,42% para -1,56%). Dentre as oito classes de despesas pesquisas, cinco tiveram decréscimo no mês. Veja abaixo o recuo de cada uma delas:

Transportes (-0,41% para -5,71%);
Educação, Leitura e Recreação (1,52% para -5,75%);
Habitação (0,07% para -0,52%);
Alimentação (1,48% para 0,99%);
Vestuário (0,80% para 0,44%).

Em resumo, os principais itens que provocaram a desaceleração destes grupos em agosto foram: gasolina (-1,49% para -16,88%), passagem aérea (6,99% para -28,95%), tarifa de eletricidade residencial (-1,45% para -4,14%), carnes bovinas (0,27% para -0,65%) e roupas (0,99% para 0,36%), respectivamente.

Vale destacar que a estes resultados refletem a redução da alíquota do ICMS. A saber, a Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho, passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os seguintes produtos e serviços:

Combustíveis;
Energia elétrica;
Gás natural;
Telecomunicações;
Transporte coletivo.

Dessa forma, itens que exercem bastante influência na inflação perderam força e puxaram os índices de preços para baixo em agosto. Isso explica a queda nos preços tanto em relação ao produtor quanto ao consumidor brasileiro.

Por fim, vale destacar que o IPA e o IPC são componentes do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), juntamente com o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Aliás, o INCC também desacelerou em agosto, mas seus preços não caíram (1,26% para 0,74%). Em suma, eles respondem por 60%, 30% e 10% do indicador, respectivamente.

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