Ibovespa SOBE de novo e acumula subida de 10% em novembro

O Ibovespa subiu mais uma vez e renovou a máxima em mais de dois anos. O indicador do desempenho médio das cotações das ações negociadas na B3, a Bolsa Brasileira, subiu 1,20% no pregão de hoje, a 124.639 pontos.

Em resumo, o mercado repercutiu novas informações sobre a meta fiscal do Brasil. As preocupações que invadiram os investidores no final de outubro, com falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Quinta Fernando Haddad, deram espaço para o otimismo.

Em meio a isso, o Ibovespa subiu no dia e está pouco aquém dos 125.675 pontos de 29 de julho de 2021. Na semana, o indicador acumula subida de 3,38%, principalmente por razão do resultado da terça-feira (14), quando o índice subiu mais de 2%.

Já em novembro, o Ibovespa tem ganhos ainda mais expressivos, de 10,16%. Neste mês, houve exclusivamente três sessões no vermelho, mas as quedas foram tão leves que não afetaram os ganhos acumulados. Por isso que o indicador está com ganhos tão expressivos, um pouco que não foi visto em nenhum mês deste ano. Já em 2023, o indicador suplente ganhos de 13,58%.

Meta fiscal do Brasil em 2024 repercute

Nesta quinta-feira (16), o mercado repercutiu a informação de que o governo federal desistiu de modificar a meta fiscal para 2024. Em resumo, o ministro da Quinta, Fernando Haddad, vinha defendendo o déficit zero das contas públicas no ano que vem, mas esse informação perdeu força nas últimas semanas.

Isso porque o presidente Lula havia afirmado no final de outubro que “dificilmente” o Brasil conseguiria zerar o déficit em suas contas em 2024. A enunciação preocupou o mercado, principalmente por razão da pouca preço que o presidente pareceu dar ao tema.

Ainda em outubro, o ministro Haddad não afirmou nem negou se a meta de zerar o déficit das contas havia mudado. Esse posicionamento foi muito dissemelhante das últimas declarações do ministro, que vinha defendendo fortemente a redução para zero do déficit das contas públicas em 2024.


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Esse novo posicionamento de Haddad preocupou o mercado e derrubou o Ibovespa. Embora o presidente Lula nunca tenha defendido a meta de zerar o déficit das contas, as declarações firmes de Haddad sobre a procura por essa meta pareciam reconfortar o mercado. Mas, as falas do final de outubro causaram temor entre os investidores.

De todo modo, o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias no Congresso, deputado Danilo Potente (União-CE), confirmou a informação. Depois participar de uma reunião no Palácio do Planalto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou a informação, dizendo que o governo manteve a meta de zerar o déficit das contas públicas em 2024.

Ministro Fernando Haddad busca zerar o déficit das contas públicas em 2024
Ministro Fernando Haddad procura zerar o déficit das contas públicas em 2024. Imagem: Dependência Brasil.

Porquê o governo pretende zerar o déficit fiscal?

Em primeiro lugar, vale ressaltar que a decisão do governo em manter a meta de zerar o déficit fiscal em 2024 proporciona maior tempo para o ministro Fernando Haddad. Assim, ele tentará conseguir a tramitação no Congresso Vernáculo de algumas medidas que aumentem a arrecadação federalista.

Outrossim, a meta fiscal de 2024 prevê que o governo federalista gaste exclusivamente o que recolher e o que possuir em caixa. Em outras palavras, o Executivo não irá aumentar a dívida pública com gastos e investimentos, uma vez que irá gastar exclusivamente o que tiver.

70 das 86 ações do Ibovespa sobem na sessão

Na sessão de hoje (16), 80 das 86 ações listadas no Ibovespa fecharam o dia em subida, impulsionando o indicador e refletindo o otimismo dos investidores. O progresso foi muito significativo porque exclusivamente 16 papeis caíram na sessão.

A saber, as duas principais empresas listadas no Ibovespa são a mineradora Vale e a Petrobras, que respondem por murado de 14% e 12% da carteira, respectivamente. As variações registradas por estas empresas exercem muito mais impacto no indicador do que as demais. Por isso que elas têm uma preço tão elevada assim.

No caso da Vale, os papeis subiram 0,67% no dia, influenciando de maneira ligeiro o Ibovespa. Por outro lado, os papeis da Petrobras caíram no dia, enfraquecidos pela queda nos preços internacionais do petróleo. O resultado limitou a subida do indicador na sessão.

A carteira teórica mais famosa do país movimentou R$ 26 bilhões na sessão, 37% supra da média dos últimos 12 meses (R$ 18,6 bilhões). Em novembro, o indicador está com uma média diária de R$ 20,2 bilhões, segundo maior montante de 2023, detrás exclusivamente da média diária de junho (21,1 bilhões).

Veja as maiores altas e quedas desta quinta-feira (16)

Na sessão de hoje (16), as ações que tiveram os maiores avanços percentuais foram:

  1. Magazine Luiza ON: 24,43%;
  2. Casas Bahia ON: 11,54%;
  3. BRF S/A ON: 8,03%;
  4. Cogna ON: 7,24%;
  5. Usiminas PNA: 7,21%.

Em contrapartida, os únicos papeis que registraram quedas no dia foram:

  1. PetroRio ON: -3,53%;
  2. 3R Petroleum ON: -2,58%;
  3. Cielo ON: -2,28%;
  4. São Martinho ON: -2,05%;
  5. Petrobras ON: -2,02%;
  6. Petrobras PN: -1,74%.

Por termo, os papeis ordinários (ON) dão recta a votos em assembleias, um pouco que não acontece com os preferenciais (PN). Estes têm preferência por dividendos.

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