O Ibovespa continua pesando nessa sexta-feira. O índice chegou a perder a casa dos 112 mil pontos.
O minério de ferro e as ações do Governo Federal preocupam os investidores.
O quarto dia de queda
O Ibovespa está despencando nessa sexta-feira, chegando à casa dos 2% negativo.
Com isso, o índice da bolsa brasileira finaliza a semana com uma queda total de mais de 2,4% no momento.
O clima, que está pesado no Palácio do Planalto, começa a preocupar os gestores de investimentos e analistas financeiro. Isso porque as análises técnicas de algumas corretoras inferem para um viés de baixa no índice.
Além disso, segundo esses cálculos, há margem para maiores quedas.
O longo prazo agradece
Contudo, as quedas do Ibovespa são uma excelente notícia para quem tem em mente o longo prazo.
Isso porque os descontos nas ações não refletem indicadores piores para as empresas. A comprovação disso é o preço de Magazine Luíza (MGLU3), que atingiu a mínima em 52 semanas, sendo cotada a R$15,91.
Apesar disso, os fundamentos da empresa não sofreram modificações. Além disso, a empresa é lider no segmento do varejo e é a “queridinha” do mercado.
O que mais pesou
De novo no radar dos investidores, o Ibovespa perde após atitudes mal vistas pelo mercado financeiro.
O aumento do IOF para financiar programas do Governo desagradou o mercado, que vê como mais um freio ao crescimento econômico do país. Além disso, a briga dos precatórios continua, com o ministério da economia ainda sem soluções para o caso.
Também, o minério de ferro continua em queda devido a desaceleração da demanda na China. O setor depende da produção do país e, com a queda, o abastecimento internacional fica em xeque.
O preço mais baixo do minério e a economia chinesa em ritmo mais lento pesaram sobre os ativo da Vale e da Petrobras. No caso da Vale, a distribuição de dividendos parece não ter efeito positivo na cotação. Petrobrás superava os 3% de queda.
Na Europa, os índices também fecharam em queda. O índice DAX, Alemanha, fechou em queda de 1,80%. Na Suíça, contudo, a alta foi de 1,33%. Já no Reino Unido, a perda foi de 1,19%.
Na Ásia, o índice de Hong Kong fechou em alta de 1,20%, enquanto no Japão o Nikkei subiu apenas 0,37%
O mundo em alerta
Com a queda do Ibovespa e das bolsas internacionais, os investidores mundiais buscam meios de operar no verde.
Para isso, declarações positivas acentuam as subidas, enquanto notícias negativas acentuam as descidas dos índices.
Pelo momento único, com o avanço da vacinação e a fraca retomada das economias americana e chinesa, fica difícil prever o futuro da economia mundial.
Apesar disso, gestores não acreditam que o cenário deva se manter por mais de 1 ano. Por isso, o longo prazo segue sendo o maior aliado dos investidores.
No Brasil, a próxima semana é marcada pela nova taxa Selic, além dos desdobramentos da PEC dos Precatórios.
No mundo, o FED dará declarações sobre a desaceleração de estímulos.
Bons investimentos!
